"Yahya Sinwar está morto. Foi morto em Rafah pelos corajosos elementos do Exército israelita. Isto não significa o fim da guerra em Gaza, mas o início do fim", sublinhou o líder do Governo israelita, numa mensagem vídeo em inglês divulgada na rede social X.
Benjamin Netanyahu transmitiu ainda uma mensagem ao "povo de Gaza", garantindo que a guerra pode "terminar amanhã se o Hamas pousar as suas armas e libertar os reféns".
"Israel irá garantir a segurança de todos os que libertarem os reféns. Mas para os que lhes fizerem mal, tenho outra mensagem, vamos caçar-vos e levar-vos à justiça", sublinhou.
Antes, Benjamin Netanyahu tinha afirmado que Israel "acertou as suas contas" com Yahya Sinwar, salientando, porém, que "a guerra ainda não terminou".
Numa intervenção transmitida em direto pela televisão, Netanyahu afirmou que a morte de Sinwar é "um passo importante" no declínio do Hamas.
Yahya Sinwar is dead.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 17, 2024
He was killed in Rafah by the brave soldiers of the Israel Defense Forces.
While this is not the end of the war in Gaza, it's the beginning of the end. pic.twitter.com/C6wAaLH1YW
"Gostaria de repetir, da forma mais clara: o Hamas não governará mais Gaza. Este é o início do dia depois do Hamas e esta é uma oportunidade para vocês, residentes de Gaza, finalmente se libertarem da sua tirania", tinha realçado Netanyahu na mesma intervenção.
Na declaração televisiva, de quatro minutos, Netanyahu reiterou a suposta importância da guerra que Israel trava em Gaza há mais de um ano, e que causou mais de 42.400 mortos palestinianos, a maioria civis, ao mesmo tempo que enviou uma mensagem à região, especificamente ao Líbano, onde as tropas israelitas iniciaram uma ofensiva terrestre no início deste mês.
"Ao povo da região eu digo: em Gaza, em Beirute, em toda a região, a escuridão recua e a luz emerge", disse Netanyahu, antes de enunciar os sobrenomes de seis líderes e comandantes, tanto do Hamas como do grupo xiita libanês Hezbollah, mortos por Israel nos últimos meses.
Israel confirmou hoje que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 07 de outubro em Israel, Yahya Sinwar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Sinwar terá planeado cuidadosamente os ataques de 07 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Nascido num campo de refugiados em Khan Yunis, cidade no sul de Gaza, Sinwar foi eleito líder do Hamas em Gaza em 2017, depois de estabelecer a reputação de inimigo ferrenho de Israel e no passado 06 de agosto - após o assassínio em Teerão do então chefe do gabinete político, Ismail Haniyeh - foi escolhido para ocupar a posição mais elevada no organograma do grupo islamita.
Sinwar representava a linha mais dura e beligerante do grupo e é considerado por Israel o mentor dos ataques de 07 de outubro contra o território israelita, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e outras 250 foram sequestradas, o que o tornou no homem mais procurado por Israel.
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