UE "preocupada" com cooperação militar entre Coreia do Norte e Rússia
A União Europeia (UE) está "muito preocupada" com o avançar da cooperação militar entre Pyongyang e Moscovo e que, a confirmar-se o envio de tropas norte-coreanas, demonstra que a Rússia não quer paz, disse à Lusa fonte comunitária.
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Mundo Ucrânia
"A UE está muito preocupada com o aprofundamento da cooperação militar e das transferências de armas entre a República Popular da Coreia do Norte e a Rússia, que viola flagrantemente várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", adiantou à Lusa o porta-voz do executivo comunitário para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano.
O porta-voz adiantou ainda à Lusa estar demonstrado que "apesar da sua disponibilidade declarada, mas totalmente insincera, para negociar, a Rússia não está interessada na paz".
Pelo contrário, destacou o representante, Moscovo "procura desesperadamente qualquer ajuda para a sua agressão ilegal, incluindo de atores que estão a perturbar gravemente a paz e a segurança mundiais".
Se for confirmado, o envio de militares norte-coreanos para lutar ao lado da Rússia contra a Ucrânia, "este facto marcaria um aumento significativo das relações militares" entre Pyongyang e o Kremlin (presidência russa), demonstrando também ser "a Rússia que faz escalar a guerra e a sua agressão, com a participação ativa dos seus aliados", segundo acrescentou o porta-voz comunitário.
As tropas norte-coreanas -- compostas por 12 mil soldados - destacadas para ajudar a Rússia na guerra na Ucrânia estão estacionadas em bases militares do extremo-oriente russo e deverão ser enviadas para combate após treino, avançaram hoje os serviços secretos sul-coreanos.
Também o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tinha divulgado na quinta-feira, em Bruxelas, onde se encontrou com os líderes da UE, reunidos em cimeira, o envio de 10 mil militares norte-coreanos para combater na Ucrânia e reforçar as posições russas.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
O nível de colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang -- reforçado durante a visita do Presidente russo, Vladimir Putin, em junho -- tem sido motivo recorrente de suspeita nas capitais ocidentais, já que a Rússia é um dos poucos países do mundo que mantém relações com o regime secreto de Kim Jong-Un.
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