O diário indiano The Hindustan Times noticia hoje que a Polícia de Nova Deli -- cujo aeroporto internacional é o maior da Índia -- entrou em contacto com as plataformas de redes sociais para recolher informação sobre os utilizadores que publicam os falsos alertas de bomba.
Muitas das ameaças que obrigam as aeronaves a desviar a rota, efetuar aterragens de emergência, cancelamentos e atrasos -- tanto em voos domésticos na Índia, como em rotas para o exterior -- foram publicadas por contas registadas na rede social X.
As autoridades suspeitam que os usuários que emitem as falsas ameaças poderão estar a usar redes privadas virtuais (VPN) para poderem ocultar a localização real e substitui-la por outra diferente, indicaram vários meios de comunicação indianos, suportando-se em diferentes fontes policiais.
As suspeitas sobre o uso deste tipo de redes surgem depois de as autoridades identificarem utilizadores com direções IP (que identificam cada dispositivo conetado com a rede) no Reino Unido ou na Alemanha, como a origem das falsas ameaças.
De momento, a única detenção no âmbito da atual onda de falsos alarmes ocorreu na quinta-feira, quando a polícia de Bombaim deteve um menor de idade como responsável pelo envio de ameaças a três voos.
No entanto, não houve mais detenções desde sábado, em que mais de 30 voos foram afetados por este tipo de falsas ameaças, segundo os media indianos.
O diretor geral da Segurança da Aviação Civil, Zulfiquar Hasan, reuniu-se com os representantes das companhias aéreas indianas afetadas e reiterou que os céus indianos são seguros e que os protocolos de segurança para casos de falsa ameaça de bomba estão a ser cumpridos, noticia hoje o India Today.
Os alertas obrigaram ao cancelamento ou atraso de voos das companhias Air India, IndiGo, Akasa Air, Vistara, SpiceJet, Star Air e Alliance Air, alguns com origem ou destino internacional, como Singapura, Istambul, Dubai, Frankfurt, Londres e Nova Iorque.
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