Fuga de informação terá divulgado planos de Israel para atacar Irão

Os EUA consideram a fuga de informação “profundamente preocupante”. 

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© Mohammed Torokman/Reuters

Notícias ao Minuto
20/10/2024 10:58 ‧ 20/10/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Médio Oriente

Os Estados Unidos estão a investigar uma fuga de informação considerada “altamente secreta” sobre os planos para os ataques de retaliação de Israel contra o Irão, avança a CNN internacional, citando três fontes do governo norte-americano.

 

Uma das fontes chegou mesmo a admitir que esta fuga de informação é “profundamente preocupante”.

Os documentos, com as datas de 15 e 16 de outubro, começaram a circular na internet na sexta-feira, depois de terem sido partilhados no Telegram por uma conta chamada “Middle East Spectator”. Estão marcados como “ultra-secretos” e têm informações que indicam que apenas podem se vistos pelos Estados Unidos e os aliados “cinco olhos”: Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido.

Nas imagens dos documentos é possível ver-se o que serão os preparativos de Israel para atacar o Irão. Uma das páginas, que diz que a informação foi compilada pela Agência Nacional de Informação Geoespacial (National Geospatial-Intelligence Agency), do governo dos EUA, refere que os planos envolvem a deslocação de munições por parte de Israel.

Outro documento, que diz ter como fonte a Agência de Segurança Nacional (NSA), descreve os exercícios da força aérea israelita, envolvendo mísseis.

“Se é verdade que os planos táticos israelitas para responder ao ataque iraniano de 1 de outubro foram divulgados, trata-se de uma violação grave. A futura coordenação entre os EUA e Israel poderá também ser posta em causa. A confiança é uma componente fundamental da relação e, dependendo da forma como isto for divulgado, essa confiança poderá ser afetada”, explicou à CNN internacional Mick Mulroy, antigo secretário de Estado adjunto da Defesa dos EUA para o Médio Oriente e oficial da CIA reformado.

Em reação, a página que divulgou os documentos e se descreve como um “agregador de notícias de fonte aberta” e “independente de qualquer governo”, afirmou que recebeu “através de uma fonte anónima no Telegram, que recusou identificar-se, dois documentos altamente confidenciais dos serviços secretos dos EUA relativamente aos preparativos do regime sionista para um ataque à República Islâmica do Irão”.

Leia Também: Ataques israelitas atingem dezenas de cidades no sul do Líbano

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