Os Estados Unidos estão a investigar uma fuga de informação considerada “altamente secreta” sobre os planos para os ataques de retaliação de Israel contra o Irão, avança a CNN internacional, citando três fontes do governo norte-americano.
Uma das fontes chegou mesmo a admitir que esta fuga de informação é “profundamente preocupante”.
Os documentos, com as datas de 15 e 16 de outubro, começaram a circular na internet na sexta-feira, depois de terem sido partilhados no Telegram por uma conta chamada “Middle East Spectator”. Estão marcados como “ultra-secretos” e têm informações que indicam que apenas podem se vistos pelos Estados Unidos e os aliados “cinco olhos”: Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido.
— ️🇺🇸/🇮🇷/🇮🇱 EXCLUSIVE: One of our sources in the U.S. intelligence community has shared with us an extremely sensitive top secret U.S. intelligence document, dated October 15-16, detailing Israeli preparations for an extensive strike inside Iran: pic.twitter.com/pH53YiJ390
— Middle East Spectator (@Spectator_MENA) October 17, 2024
Nas imagens dos documentos é possível ver-se o que serão os preparativos de Israel para atacar o Irão. Uma das páginas, que diz que a informação foi compilada pela Agência Nacional de Informação Geoespacial (National Geospatial-Intelligence Agency), do governo dos EUA, refere que os planos envolvem a deslocação de munições por parte de Israel.
Outro documento, que diz ter como fonte a Agência de Segurança Nacional (NSA), descreve os exercícios da força aérea israelita, envolvendo mísseis.
“Se é verdade que os planos táticos israelitas para responder ao ataque iraniano de 1 de outubro foram divulgados, trata-se de uma violação grave. A futura coordenação entre os EUA e Israel poderá também ser posta em causa. A confiança é uma componente fundamental da relação e, dependendo da forma como isto for divulgado, essa confiança poderá ser afetada”, explicou à CNN internacional Mick Mulroy, antigo secretário de Estado adjunto da Defesa dos EUA para o Médio Oriente e oficial da CIA reformado.
Em reação, a página que divulgou os documentos e se descreve como um “agregador de notícias de fonte aberta” e “independente de qualquer governo”, afirmou que recebeu “através de uma fonte anónima no Telegram, que recusou identificar-se, dois documentos altamente confidenciais dos serviços secretos dos EUA relativamente aos preparativos do regime sionista para um ataque à República Islâmica do Irão”.
Our official statement regarding the leak of two classified U.S. documents. pic.twitter.com/LgSd4sShJr
— Middle East Spectator (@Spectator_MENA) October 19, 2024
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