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Passos de Israel para permitir ajuda em Gaza são insuficientes, dizem EUA

O governo dos Estados Unidos disse hoje que os tímidos passos de Israel para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza não são suficientes e que o Governo de Benjamin Netanyahu precisa fazer muito mais.

Passos de Israel para permitir ajuda em Gaza são insuficientes, dizem EUA
Notícias ao Minuto

21/10/24 23:21 ‧ Há 3 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Vimos alguns progressos nalgumas coisas (...), mas ninguém no Governo dos EUA vos dirá que estamos satisfeitos ou que consideramos satisfatória a situação humanitária em qualquer parte de Gaza", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, numa conferência de imprensa.

 

O governo dos EUA enviou uma carta a Israel no dia 15, avisando que, se não melhorasse a situação humanitária em Gaza, permitindo a entrada de ajuda durante o próximo mês, poderia violar as regras dos EUA sobre assistência militar estrangeira e perder a ajuda que recebe.

Os secretários de Estado Antony Blinken e da Defesa Lloyd Austin enviaram a carta aos seus homólogos, o ministro da Defesa israelita Yoav Gallant e o ministro dos Assuntos Estratégicos Ron Dermer.

Desde que a missiva foi enviada, Patel afirmou que foram registados alguns "esforços", como "a reabertura da rota a partir da Jordânia" e "a reabertura da passagem de Erez no norte".

"Vários postos fronteiriços estão abertos. Estamos a assistir à entrada de camiões na Faixa de Gaza e vamos continuar a insistir para que haja mais, porque são necessários mais alimentos, mais água, mais ajuda humanitária em geral", afirmou, insistindo que "é preciso fazer mais".

Pressionar o Governo de Netanyahu para permitir a entrada de ajuda em Gaza é um dos objetivos da viagem que Blinken iniciou hoje ao Médio Oriente.

O coordenador da ONU para o processo de paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, alertou hoje para o "pesadelo" que se vive na Faixa de Gaza, após duas semanas de intensos ataques israelitas no norte do enclave.

"No norte da Faixa de Gaza estão a acontecer cenas horripilantes no meio do conflito, dos incessantes ataques israelitas e uma crise humanitária cada vez pior", vincou o coordenador.

As declarações foram feitas depois de no sábado à noite um bombardeamento israelita com aviões de combate contra uma rotunda e um complexo residencial em Beit Lahia (norte) provocar 87 mortos e desaparecidos e pelo menos 40 feridos, segundo as autoridades de saúde do enclave, governado pelo grupo islamita Hamas.

A agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) avisou hoje que as operações israelitas no acampamento, o maior da Faixa, põem "centenas de milhares de pessoas em grave perigo", enquanto impedem o acesso a necessidades básicas como comida ou água potável.

"Deve permitir-se o acesso às equipas humanitárias e de resgate, sem demora, para salvar vidas", afirmou o organismo, numa mensagem nas redes sociais.

Em Jabalia, fontes locais disseram à agência EFE que milhares de pessoas continuam a viver na zona sem comida, nem bebida e que há dezenas de cadáveres nas ruas.

Fontes do Ministério da Saúde de Gaza confirmaram no sábado que cerca de 500 pessoas morreram nas últimas semanas no norte do enclave e que os ataques contra os hospitais impedem o atendimento às vítimas.

Leia Também: Hamas temporariamente liderado por um comité sediado no Qatar

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