A Carolina do Norte e a Geórgia registaram uma afluência recorde às urnas no primeiro dia de votação presencial antecipada, que se estendeu a Estados menos competitivos, como a Carolina do Sul, que registou o seu próprio recorde quando abriu hoje a votação antecipada.
O Partido Republicano tem expectativas que o voto antecipado resolva um problema mecânico que alguns membros do partido acusam de ter custado a vitória a Donald Trump nas eleições presidenciais de 2020 e nas eleições de 2022 para o Senado e para a Câmara dos Representantes.
Normalmente, as campanhas tentam sensibilizar os seus eleitores a votar antes do dia das eleições, de modo a concentrarem os seus recursos na mobilização de eleitores indecisos para votarem no dia 05 de novembro.
Os republicanos apostavam nesta estratégia até Trump se opor ao voto por correspondência em 2020, com conspirações sobre o processo e convencendo os seus eleitores a esperar até o dia da eleição para votar.
No entanto, o partido republicano voltou a incentivar os seus eleitores a votarem antecipadamente, decisão que foi apoiada pelo ex-presidente, com um tom conspiratório.
"Preciso que votem e que vão às urnas antes do dia das eleições, porque no dia das eleições vão tentar mantê-los em casa", disse hoje Trump aos eleitores da Carolina do Norte.
Na Carolina do Norte, um Estado determinante os democratas estão apenas à frente por 1 ponto percentual, vantagem inferior à registada em 2022.
No Nevada, onde os democratas confiaram numa votação antecipada robusta durante décadas para conter o Partido Republicano no dia da eleição, votaram antecipadamente este ano mais 1.000 republicanos do que democratas, aproximadamente.
Os dados sobre o voto antecipado revelam apenas se os eleitores estão registados num partido e não em quem votam.
A vantagem que os partidos podem obter com o voto antecipado pode desaparecer no dia das eleições, uma vez que todos os seus eleitores podem já ter votado, ao passo que os do partido adversário podem ainda não ter votado.
"Os democratas continuam, tanto quanto sei, a obter mais votos antecipados", disse Michael McDonald, um cientista político da Universidade da Florida.
Apesar de os republicanos registarem uma melhoria da quota de votos por correspondência em vários Estados, continuam a ficar atrás dos democratas, em especial na Pensilvânia, onde não existe a opção de voto antecipado presencial e onde os republicanos enviaram menos 300.000 votos por correspondência do que os democratas.
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