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França quer ajudar a angariar 400 milhões solicitados para o Líbano

A prioridade da conferência internacional de apoio ao Líbano, na quinta-feira em Paris, será responder ao apelo da ONU de angariar o equivalente a 371 milhões de euros para os deslocados pela ofensiva israelita, segundo o Eliseu.

França quer ajudar a angariar 400 milhões solicitados para o Líbano
Notícias ao Minuto

23/10/24 15:17 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

No dia 01 de outubro, as agências da ONU lançaram um apelo para angariar mais de 400 milhões de dólares de ajuda urgente para as centenas de milhares de pessoas deslocadas pelos ataques israelitas no sul do Líbano, que se agravaram há um mês.

 

"A prioridade é poder responder a este apelo", afirmou a Presidência francesa, acrescentando que Paris tem estado a "trabalhar para tentar identificar o maior número possível de contribuições".

O Presidente francês, Emmanuel Macron, que deverá receber hoje o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, abrirá a conferência que ele próprio convocou, em que irá fazer um anúncio sobre a ajuda prestada pela França.

O Palácio do Eliseu acrescentou que o trabalho de reunir esta ajuda "continua ainda hoje com as equipas".

A França está ao lado do Líbano e "não falhará", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot.

"O objetivo é, antes de mais, reafirmar a necessidade de um cessar-fogo, de uma resolução diplomática e do fim das hostilidades, de mobilizar a ajuda humanitária do maior número possível de países e de apoiar as instituições libanesas, em primeiro lugar as forças armadas libanesas", disse Jean-Noël Barrot à rádio francesa RTL.

A conferência "contará com a participação de 70 países e 15 organizações internacionais", acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, acrescentando que todos aqueles que convidaram estarão presentes.

O ministro francês não especificou, no entanto, o nível de representação, uma vez que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, se encontra no Médio Oriente e, por essa razão, não estará presente.

Também Israel e o Irão, apoiante do movimento xiita libanês Hezbollah, não estarão presentes na conferência.

No mês passado, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, Paris e Washington apresentaram uma proposta de cessar-fogo temporário no Líbano, palco de uma guerra entre o grupo xiita pró-iraniano Hezbollah e Israel.

A França quer aplicar a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à anterior guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006 e estipula que apenas as forças de manutenção da paz (FINUL) e o exército libanês devem ser colocados no sul do Líbano, na fronteira com Israel.

Esta resolução "permite, por um lado, garantir a soberania e a unidade do Líbano e, por outro, dar a Israel garantias de segurança para que as 60.000 pessoas que tiveram de abandonar as suas casas no norte de Israel após 07 de outubro [de 2023] possam regressar".

Depois de um ano de trocas de tiros transfronteiriças, em simultâneo com a ofensiva israelita em Gaza, Israel e o Hezbollah estão agora envolvidos numa guerra aberta no Líbano, onde o exército israelita lançou uma ofensiva terrestre no sul, no final de setembro.

"O Hezbollah deve cessar todos os seus ataques contra Israel e as operações israelitas devem cessar", insistiu o Palácio do Eliseu.

Pelo menos 1.552 pessoas foram mortas no Líbano num mês, de acordo com uma contagem da agência noticiosa AFP baseada em dados oficiais. A ONU contabilizou, até ao momento, cerca de 1,2 milhões de pessoas deslocadas.

Leia Também: Ataques israelitas provocam mais dez mortos no Líbano

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