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Israel diz ter encontrado túneis e arsenais do Hezbollah perto da FINUL
Um responsável do exército israelita garantiu hoje que as tropas encontraram numerosos túneis e arsenais do grupo xiita libanês Hezbollah perto de posições da FINUL, a missão de manutenção da paz da ONU no Líbano.
© Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"É surpreendente que, apesar do número de bases das forças da ONU, tenhamos encontrado tantas infraestruturas do Hezbollah - como túneis e arsenais - debaixo do nariz dos capacetes azuis", chefe de operações da segunda brigada do exército israelita, Ariye Hominer, durante uma visita das suas tropas à localidade israelita de Shlomi, na fronteira com o Líbano.
Shlomi é uma das cidades da Galileia israelita que se tornaram zonas militares fechadas onde as tropas se preparam para as operações em território libanês desde que o Estado hebraico invadiu o sul do país vizinho, a 01 de outubro.
Apesar de considerar que existe uma boa comunicação entre o exército israelita e a FINUL, o militar defendeu que "a missão da ONU não está a fazer o trabalho que deveria" no Líbano.
Hominer disse ainda que Israel não cessará os seus ataques ao Líbano - que, além da invasão terrestre, consistem numa campanha de bombardeamentos iniciada em 23 de setembro - até cumprir o objetivo de devolver as casas aos israelitas deslocados das comunidades próximas à fronteira do Líbano.
"Esperamos que seja em breve, mas não estamos limitados pelo tempo ou pelo espaço", sublinhou.
Ao longo do dia de hoje, as forças armadas detetaram o lançamento de mais de 110 'rockets' do Líbano para Israel, embora a maioria tenha sido intercetada ou tenha caído em espaços abertos.
Cerca de 60 mil israelitas foram deslocados do norte de Israel quando a troca de tiros entre o exército e o Hezbollah começou, a 08 de outubro do ano passado, num gesto de solidariedade para com o grupo islamita palestiniano Hamas que, no dia anterior, atacou o território israelita.
Por outro lado, mais de 1,2 milhões de libaneses foram deslocados pelos bombardeamentos israelitas e o número de mortos destes ataques ultrapassa as 2.500 pessoas, a maioria das quais foi registada depois de setembro, quando Israel intensificou a sua ofensiva.
Leia Também: Hezbollah confirma a morte de presumível sucessor de Nasrallah
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