O Ministério da Defesa da Turquia anunciou, esta quarta-feira, que levou a cabo uma operação "contra alvos terroristas" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) "no norte do Iraque e da Síria". A operação aconteceu horas após pelo menos cinco pessoas terem morrido num ataque à sede das indústrias de aeronáutica e defesa turcas (TUSAŞ).
"Em linha com os nossos direitos de autodefesa decorrentes do Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, foi realizada uma operação aérea contra alvos terroristas no norte do Iraque e da Síria", lê-se num comunicado citado pela imprensa turca.
A operação teve como objetivo "eliminar os ataques terroristas" contra o povo e as forças de segurança turcas, "neutralizar o PKK e outros elementos terroristas" e "garantir a segurança das fronteiras". No total, "32 alvos pertencentes aos terroristas foram destruídos com sucesso".
O ministério garantiu que as Forças Armadas Turcas "continuarão a lutar contra o terrorismo com determinação".
Recorde-se que pelo menos cinco pessoas morreram e mais de uma dezenas ficaram feridas num ataque terrorista contra a sede das indústrias de aeronáutica e defesa turcas (TUSAŞ)
Segundo o ministro do Interior turco, Ali Yerlikaya, "dois terroristas foram neutralizados" no ataque que terá sido levado a cabo pelo PKK. "Da forma como este ataque foi realizado e das imagens que vimos, a nossa avaliação é que foi muito provavelmente levado a cabo pelo PKK", adiantou o ministro.
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), sublinhe-se, é considerado uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
A TUSAŞ desenvolve e fabrica algumas das aeronaves militares de maior prestígio do programa de armas turco, como o caça-bombardeiro Kaan, ainda em desenvolvimento, o avião de treinamento Hürjet ou o avião leve Hürkus.
O setor da defesa, incluindo os conhecidos 'drones' Bayraktar, representou quase 80% das receitas de exportação do país e 1.200 milhões de dólares (1.114 milhões de euros) em 2023.
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