O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que o "trabalho relevante", levado a cabo pelas "tropas da linha da frente de ambos os lados", está a decorrer "sem problemas", mas não deu mais detalhes.
De acordo com a agência Bloomberg, que cita funcionários indianos, o processo de desanuviamento incluiria a retirada das tropas dos seus locais atuais e o desmantelamento de alguns edifícios temporários construídos nos últimos anos por ambas as partes nas áreas disputadas.
Em algumas áreas nem os soldados chineses nem os indianos vão ser autorizados a patrulhar, com o objetivo de evitar confrontos.
Esta semana, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente chinês, Xi Jinping, confirmaram ter chegado a um acordo sobre o desanuviamento militar nas zonas fronteiriças disputadas, a aplicar nos próximos meses.
"Congratulamo-nos com o consenso alcançado sobre as questões que surgiram ao longo dos últimos quatro anos na fronteira", disse Modi, durante a reunião, realizada na cidade russa de Kazan, à margem da cimeira dos BRICS.
Xi apelou à China e à Índia para "resolverem os seus conflitos e diferenças", no primeiro encontro formal entre os dois líderes em quase cinco anos.
A reunião marcou um avanço significativo nas relações entre as potências asiáticas após um confronto mortal entre as suas tropas, em 2020, quando um destacamento militar ilegal chinês provocou uma resposta indiana que degenerou num confronto fronteiriço em Ladakh - um território nos Himalaias disputado pela China - em que 20 soldados indianos foram mortos e 76 outros ficaram feridos.
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