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Médio Oriente? 43 países analisam em Barcelona "situação preocupante"

Os chefes da diplomacia dos 27 membros da União Europeia (UE), de outros 15 países mediterrânicos e da Comissão Europeia reúnem-se na segunda-feira em Barcelona para analisar "a situação preocupante" no Médio Oriente.

Médio Oriente? 43 países analisam em Barcelona "situação preocupante"
Notícias ao Minuto

26/10/24 10:54 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

O encontro "centrar-se-á em analisar os desafios regionais mais urgentes, com especial atenção para a situação preocupante no Médio Oriente", disse num comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha, o anfitrião da reunião.

 

Vão reunir-se em Barcelona o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e os ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) de mais de 40 países da Europa e da zona do Mediterrâneo, incluindo o ministro português, Paulo Rangel.

Todos estes países e a UE integram a União pelo Mediterrâneo (UpM), um fórum intergovernamental que anualmente se reúne em Barcelona, onde a organização tem sede.

Segundo um comunicado da UpM e do Governo espanhol, na segunda-feira, os MNE e Josep Borrell vão também debater "o papel que pode desempenhar" esta organização "em favor da resolução do conflito" no Médio Oriente, "através da cooperação euro-mediterrânica".

A UpM é a única organização internacional que Israel e a Autoridade Palestiniana integram "em pé de igualdade", realçou na quinta-feira o MNE de Espanha, José Manuel Albares, numa entrevista à televisão TVE.

Israel, um dos membros fundadores da UpM, boicotou o encontro do ano passado, por a agenda da reunião anual da UpM ter sido alterada na véspera, atendendo à situação na Faixa de Gaza.

O território palestiniano da Faixa de Gaza era já há um ano alvo da operação militar, que continua em curso, desencadeada por Israel em resposta ao ataque de 07 de outubro de 2023 do grupo islamita palestiniano Hamas.

Apesar do boicote de Israel e da deterioração da situação no Médio Oriente, o MNE espanhol defendeu que é possível "fazer mais", mesmo no seio da União pelo Mediterrâneo, e que esta organização pode ter um papel na resolução do conflito.

Albares afirmou que foi em Barcelona, em 2023, e mesmo sem Israel, que foi dado o primeiro passo para a criação da Aliança Global para a implementação da solução de dois Estados (Palestina e Israel), promovida pela UE e pelo Grupo Ministerial de Contacto para Gaza da Liga dos Estados Árabes e da Organização de Cooperação Islâmica.

O ministro defendeu que no último ano houve avanços e foram dados vários passos no âmbito diplomático com vista à aplicação da "solução dos dois Estados", que considera ser a única para garantir um horizonte de paz no Médio Oriente.

Sublinhando que é preciso "manter viva" a solução dos dois Estados, Albares afirmou que sem multilateralismo não há possibilidade de resolução de conflitos.

A reunião da UpM de 2023 de Barcelona ficou precisamente marcada pelo apelo à mobilização da comunidade internacional em torno da "solução dos dois Estados" no Médio Oriente.

Em maio passado, vários países europeus, encabeçados por Espanha, avançaram com o reconhecimento da Palestina como Estado, pelo que este ano a Autoridade Palestiniana estará presente no fórum da UpM com um estatuto diferente reconhecido por vários países europeus que fazem parte da organização.

Para além dos países e organizações membros da UpM, foi convidado a estar na segunda-feira em Barcelona o MNE da Arábia Saudita, o príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, em representação do Comité Ministerial Árabe-Islâmico.

Fazem parte da UpM 43 países - os 27 da UE e mais 17 estados mediterrânicos da Europa, do Norte de África e do Médio Oriente, incluindo a Palestina, não reconhecido oficialmente como Estado por todos os restantes.

O Fórum Regional da UpM, um encontro de MNE, realiza-se anualmente em Barcelona e é co-presidido pelo chefe da diplomacia da UE, o espanhol Josep Borrell, e pelo ministro da Jordânia, Ayman Safadi.

A UpM foi criada em 2008 e é herdeira da Conferência Euro-mediterrânica, fundada em 1995 e conhecida como "processo de Barcelona", tendo como objetivo fomentar a cooperação na região euro-mediterrânica.

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