"As aldeias de al-Sariha e Azraq estão sob ataque", declarou à AFP o Comité de Resistência Hasaheisa, um grupo pró-democracia que organiza a ajuda mútua entre os habitantes do país devastado pela guerra.
Em al-Sariha, 50 pessoas morreram e "mais de 200 estão feridas", segundo o grupo, que disse ser impossível "retirar os feridos da aldeia por causa dos bombardeamentos e dos atiradores furtivos".
A guerra no Sudão eclodiu em abril de 2023 devido a um desacordo entre o exército e os paramilitares sobre a inclusão destes últimos no poder que emergiu após o golpe de 2021, que pôs fim à tentativa de democratização do país após o derrube do antigo presidente Omar al-Bashir em 2019.
A guerra fez dezenas de milhares de mortos, com estimativas que variam entre 20 mil e 150 mil, e a maioria das vítimas não foi registada, segundo os médicos.
Os combates obrigaram mais de 11 milhões de pessoas a abandonar as suas casas no Sudão, das quais cerca de 2,9 milhões foram forçadas a deslocar-se para países vizinhos como refugiados.
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