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Pelo menos dois jornalistas mortos num ataque israelita em Gaza

Dois jornalistas foram mortos num ataque israelita na Faixa de Gaza, elevando para 182 o número de repórteres mortos desde o início da ofensiva israelita, segundo fonte palestiniana.

Pelo menos dois jornalistas mortos num ataque israelita em Gaza
Notícias ao Minuto

27/10/24 23:40 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

De acordo com o gabinete de comunicação social de Gaza à estação televisiva Al Jazeera, trata-se de Nadia Imad Al-Sayed e Abdul Rahman Samir al-Tanani, enquanto a milícia palestiniana Hamas detalhou num comunicado que quatro jornalistas foram assassinados.

 

"Hoje, quatro jornalistas palestinianos juntaram-se à lista de mártires deste genocídio brutal contra o povo palestiniano da Faixa de Gaza, elevando o número de jornalistas martirizados [...] desde há um ano para 182", detalhou a milícia que controla Gaza.

Os meios de comunicação locais já tinham noticiado a morte de três jornalistas durante um bombardeamento contra uma escola no campo de refugiados de Camp Beach, perto da cidade de Gaza.

Neste ataque, oito palestinianos morreram, segundo fontes médicas da faixa palestiniana, dependentes do Hamas, entre os quais se encontrava Sa ed Radwan, chefe do departamento de 'media' digital do canal Al Aqsa, Hamza Abu Salima, jornalista da agência de notícias Sanad, e Haneen Baroud, jornalista da Fundação Jerusalém, segundo a agência oficial de notícias palestiniana Wafa.

A escola atacada foi a Asmaa, pertencente à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), localizada no campo de refugiados de Shati e que albergava dezenas de deslocados no momento do ataque.

Este mesmo centro educativo já tinha sido bombardeado por Israel noutras duas ocasiões em junho, provocando três e cinco mortos segundo fontes médicas.

Esta é a segunda escola que Israel bombardeia nas últimas horas, depois de na manhã de hoje ter atacado outra na cidade de Gaza, matando uma pessoa. Nesta ocasião, o centro de Salah al Din, segundo o Exército, estava a ser usado como um "centro de comando e controlo" do Hamas, uma acusação frequentemente feita pelas forças israelitas sem fornecer provas.

O Norte de Gaza, concretamente Jabalia, Beit Lahia e Beit Hanoun, enfrenta um cerco militar sem precedentes desde 04 de outubro, com mais de 800 pessoas mortas e o sistema de saúde entrou em colapso após repetidos ataques e incursões por parte das forças israelitas.

No sábado à noite, pelo menos 40 pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas num novo ataque em Beit Lahia, depois de caças israelitas terem bombardeado um complexo residencial de cinco edifícios, segundo equipas de resgate locais.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, denunciou no sábado na rede social X (antigo Twitter) que "a situação no norte de Gaza é catastrófica", e disse que as "intensas operações militares" em redor e no interior dos hospitais, como a falta de recursos, estão a privar os habitantes de Gaza de cuidados médicos vitais.

O ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 causou a morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem baseada em números oficiais israelitas.

Desde então, a ofensiva israelita em Gaza matou pelo menos 42.924 palestinianos, na sua maioria civis, de acordo com os números do Ministério da Saúde do território dirigido pelo Hamas, que as Nações Unidas consideram fiáveis.

Leia Também: Quase mil mortos em 23 dias no norte da Faixa de Gaza

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