O número de jardins de infância existentes na China desceu mais de 5% o ano passado, o segundo ano consecutivo em que as instituições pré-escolares têm estado em declínio, o que reflete a queda da taxa de natalidade do país.
Em 2023, existiam cerca de 274 mil jardins de infância na China, número que em 2022 era cerca de 289 mil, segundo um relatório publicado pelo ministério da educação, na semana passada.
O número de crianças inscritas também desceu. Em 2023, estavam matriculadas em jardins de infância cerca de 40 milhões, uma descida de 11% em relação ao ano anterior, revela o governo.
Vários jardins de infância foram mesmo convertidos em instituições de cuidados a idosos, de forma a atender à população cada vez mais envelhecida.
A China está a debater-se com uma taxa de natalidade em queda e com o envelhecimento da população, o que levou o governo a implementar várias medidas para incentivarem as pessoas a terem mais filhos, mas o sucesso tem sido limitado.
Algumas regiões do país têm oferecido subsídios às famílias com mais do que um filho. Em Guangdong, uma província costeira no sudeste da China, uma vila dá um bónus de 10 mil yuan (cerca de 1200 euros) a quem tenha um segundo filho, e se uma família tiver o terceiro é beneficiada com 30 mil yuan (cerca de 3800 euros), indicam os meios de informação locais.
Em 2016, a política do filho único, que durou décadas na China, foi descartada e os casais podem ter, atualmente, até três filhos. A província de Sichuan, com mais de 80 milhões de habitantes, por sua vez, removeu todas as restrições no número de bebés que um casal pode registar.
A população chinesa baixou em cerca de 2 milhões de habitantes, o ano passado, um número que em 2022 já estava em declínio. A taxa de natalidade atingiu um recorde mínimo de 6.39 nascimentos por cada mil habitantes.
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