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Rússia atribui pedido de mísseis aos EUA a nervosismo de Kyiv

A presidência russa (Kremlin) atribuiu hoje o pedido da Ucrânia para os Estados Unidos instalarem mísseis Tomahawk no país ao nervosismo de Kyiv com a situação na linha da frente.

Rússia atribui pedido de mísseis aos EUA a nervosismo de Kyiv
Notícias ao Minuto

31/10/24 10:55 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Ucrânia

"A dinâmica na linha da frente é clara e evidente, vê-se tanto no nosso país como nos Estados ocidentais", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, referindo-se ao avanço russo no leste da Ucrânia.

 

Peskov comentou que dada a situação, a Ucrânia está "muito nervosa" e a tentar parar a ofensiva de Moscovo.

O exército russo tem divulgado avanços no leste da Ucrânia nas últimas semanas e hoje mesmo anunciou a tomada de uma nova aldeia no Donbass, na região de Donetsk.

Trata-se de Iasna Poliana, situada perto da cidade de Vugledar, que caiu recentemente nas mãos do exército russo, segundo um comunicado do Ministério da Defesa citado pela agência francesa AFP.

O porta-voz do Kremlin considerou também que ao pedir novas armas aos Estados Unidos, as autoridades ucranianas estão a tentar aumentar e legitimar o envolvimento ocidental no conflito.

"Este é o objetivo final de todas estas manobras", afirmou durante uma conferência de imprensa telefónica diária, citado pela agência espanhola EFE.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a administração norte-americana na quarta-feira por ter divulgado à imprensa que o chamado Plano de Vitória de Kyiv incluía um pedido alegadamente secreto de utilização de mísseis Tomahawk.

Os mísseis fariam parte de um pacote de armas não nucleares para forçar a paz com a Rússia.

"Como entender estas mensagens? Isto significa que não há nada confidencial entre aliados", criticou Zelensky num encontro com jornalistas em Reiquiavique, na Islândia.

As críticas surgiram depois de o jornal New York Times ter noticiado que Zelensky tinha pedido aos Estados Unidos os mísseis de longo alcance, capazes de atingir alvos a 2.500 quilómetros de distância.

A Ucrânia tem dependido da ajuda militar dos aliados ocidentais para fazer frente à Rússia, que invadiu o país em fevereiro de 2022.

Moscovo acusa o que designa por "Ocidente coletivo" de envolvimento na guerra na Ucrânia por estar a fornecer armamento a Kyiv.

Leia Também: Cidadã ucraniana condenada a 11 anos de prisão por espionagem na Rússia

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