Identificados vários participantes nos tumultos (e agressões) em Paiporta
Até ao momento, não foram realizadas detenções, ainda que essa hipótese não esteja excluída.
© Getty Images
Mundo Espanha
A Guardia Civil já terá identificado várias pessoas que participaram nos tumultos que ocorreram durante a visita dos reis de Espanha, do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e do presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, a Paiporta, no domingo, confirmaram fontes ligadas à investigação ao El País.
O jornal adiantou que, até ao momento, não foram realizadas detenções, ainda que essa hipótese não esteja excluída.
As pessoas identificadas terão participado nas agressões ao chefe do Governo, que sofreu um golpe nas costas com um pau, confirmou o ministro do Interior, Fernando Grande Marlaska.
As autoridades estão a investigar se os sujeitos identificados têm ligações a grupos organizados de extrema-direita.
É que, de acordo com informações do jornal elDiario.es, o grupo de extrema-direita Revuelta reivindicou o ataque levado a cabo contra a comitiva, que foi recebida com apupos e insultos pela população de Paiporta. Dezenas de pessoas gritaram insultos e atiraram-lhe objetos e lama, tendo o veículo de Sánchez ficado com o vidro traseiro partido.
O elDiario.es apontou que, entre os cerca de 20 jovens que participaram nos tumultos, estavam indivíduos com tatuagens associadas à extrema-direita, que envergavam roupa associada a grupos neonazi. Havia, além disso, quem vestisse camisolas com referências à Divisão Azul, uma unidade de voluntários espanhóis e portugueses constituída em 1941 para auxiliar o exército nazi a combater o comunismo e a União Soviética. Alguns fizeram, também, a saudação nazi.
Outras pessoas sem aparente ligação a grupos de extrema-direita juntaram-se aos tumultos, o que levou ao escalar da situação.
Recorde-se que, na terça-feira, várias regiões de Espanha estiveram sob a influência de uma "depressão isolada em níveis altos", que provocou chuvas torrenciais, inundações e avultados prejuízos. Além das vítimas mortais, que ascendem as 200, o temporal causou danos em infraestruturas de abastecimento, comunicações e transportes.
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