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Cruz Vermelha pede 106 milhões de euros para ajuda humanitária no Líbano

A Cruz Vermelha lançou hoje um apelo de 100 milhões de francos suíços (106 milhões de euros) para apoiar cerca de 600 mil pessoas afetadas pelo conflito no Líbano, sublinhando que as necessidades são imensas.

Cruz Vermelha pede 106 milhões de euros para ajuda humanitária no Líbano
Notícias ao Minuto

05/11/24 23:46 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

Estes fundos permitirão ao organismo prestar "assistência imediata e a longo prazo" e também apoiar os serviços de ambulância da Cruz Vermelha libanesa, detalhou a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), em comunicado.

 

"As necessidades humanitárias no Líbano aumentam de dia para dia", alertou o secretário-geral da FICV, Jagan Chapagain, citado na nota de imprensa emitida no final da sua visita a Beirute.

"As necessidades são imensas", insistiu.

Na sequência do ataque de 07 de outubro em Israel, que desencadeou a guerra em Gaza no ano passado, e em apoio do movimento islamista palestiniano Hamas, o Hezbollah abriu uma frente de combate contra Israel, que resultou numa guerra aberta em setembro.

Israel diz querer neutralizar o movimento xiita pró-Irão Hezbollah no sul do Líbano, para permitir o regresso de 60 mil habitantes do norte do seu território, deslocados pelos incessantes disparos de 'rockets' desde o início da guerra em Gaza.

A escalada das hostilidades levou à destruição em massa e à deslocação de milhares de pessoas no Líbano.

"Vemos uma enorme necessidade de mantimentos básicos para ajudar centenas de milhares de pessoas que fugiram das suas casas. Muitos deles estão agora com familiares ou a viver em abrigos temporários, como escolas", lembrou Lotte Ruppert, chefe de operações da FICV em Beirute, também citada no comunicado.

"Regressar a casa não é uma opção neste momento, porque as zonas de conflito ainda são muito perigosas. Além disso, estamos preocupados com a segurança de todos os profissionais de saúde", realçou ainda.

Em 23 de setembro, o exército israelita intensificou os seus ataques ao Líbano com uma pesada campanha de bombardeamentos no sul do Líbano, no vale do Bekaa (leste) e em Beirute, seguida de uma ofensiva terrestre.

Israel lançou uma ofensiva terrestre contra o Hezbollah no dia 01 de outubro, alegando que o grupo se preparava para lançar uma invasão da região da Galileia, após ter lançado uma intensa campanha no Líbano que, em pouco mais de um mês, matou mais de mil pessoas e eliminou a liderança do grupo xiita, considerado o satélite mais poderoso do Irão.

Desde então, cerca de 3.000 pessoas morreram no Líbano em consequência dos ataques israelitas, a maioria das quais no último mês, e cerca de 1,2 milhões foram deslocadas, segundo o Ministério da Saúde libanês.

Leia Também: Irão nega promoção da escalada no conflito e defende direito à autodefesa

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