"Os primeiros combates com soldados norte-coreanos abrem uma nova página de instabilidade no mundo", afirmou Volodymyr Zelensky, na terça-feira à noite, no habitual discurso à nação.
O responsável ucraniano voltou a pedir à comunidade internacional para que "faça tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que este passo russo para expandir a guerra falhe".
O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, já tinha comunicado os primeiros contactos na frente de batalha entre as forças armadas norte-coreanas e ucranianas.
Zelensky agradeceu a todos os países que "reagiram ao destacamento de soldados norte-coreanos na Rússia" e mencionou especialmente aqueles que o fizeram "não apenas com palavras, mas preparando ações apropriadas" para ajudar Kyiv a defender-se.
O G7 - grupo dos sete nações mais industrializadas do mundo -, a Nova Zelândia e a Austrália anunciaram na terça-feira que estão a preparar uma resposta coordenada à entrada de efetivos norte-coreanos na guerra russo-ucraniana.
"As nossas contramedidas devem ser suficientes. Suficientemente fortes", acrescentou Zelensky.
De acordo com a Ucrânia e alguns aliados, a Coreia do Norte já enviou mais de 10 mil soldados para a Rússia. Alguns deles já se juntaram às tropas russas que combatem o exército ucraniano na região russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia e parcialmente ocupada pelas forças de Kyiv desde agosto.
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