EUA/Eleições: Trump declarado vencedor no Michigan, 5.º 'swing state'

O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, foi declarado vencedor no Michigan, o quinto dos sete estados considerados decisivos na corrida eleitoral de terça-feira à Casa Branca, segundo projeções divulgadas pelos 'media' norte-americanos.

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© Brandon Bell/Getty Images

Lusa
06/11/2024 18:59 ‧ 06/11/2024 por Lusa

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Eleições EUA

O antigo Presidente dos EUA (2017-2021) já tinha, segundo projeções da agência noticiosa AP e das televisões CNN e Fox News, vencido outros quatro 'swing states' (assim chamados porque o sentido de voto oscila entre partidos de eleição para eleição) - Georgia, Carolina do Norte, Wisconsin e Pensilvânia - e soma agora os 15 votos eleitorais no Colégio Eleitoral que o Michigan representa.

 

Tal como Georgia e Pensilvânia, o Michigan deu a vitória ao candidato democrata, Joe Biden, em 2020.

Nos outros dois 'swing states' - Arizona e Nevada - Trump segue à frente na contagem mas ainda não há vencedor declarado pela AP ou CNN.

No total, Donald Trump soma agora, segundo a AP, 292 votos dos chamados 'grande eleitores' do Colégio Eleitoral, bem acima dos 270 necessários para a vitória.

A candidata democrata e vice-presidente, Kamala Harris, tem 224 votos, ainda segundo a AP.

O Colégio Eleitoral é constituído por 538 "grandes eleitores", representativos dos 50 estados norte-americanos.

Num país pintado com o vermelho republicano e pouco azul democrata, os partidários de Trump celebraram ainda na noite eleitoral a recuperação do Senado (câmara alta), ao ultrapassarem a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes (câmara baixa) seguiam igualmente na frente no apuramento com 201 mandatos, a apenas 17 da maioria e o controlo da totalidade do Congresso.

Com as contas ainda por fechar, Kamala Harris remeteu-se ao silêncio, tendo um dos seus coordenadores de campanha anunciado aos apoiantes reunidos, num ambiente sombrio, na Universidade de Howard, em Washington, que a atual vice-presidente democrata apenas iria pronunciar-se ao longo do dia de hoje.

Entretanto foi divulgado que a candidata democrata vai reagir hoje às 16:00 locais (21:00 em Lisboa) na Universidade Howard, em Washington, à derrota nas eleições realizadas na terça-feira e que pretende também telefonar ao adversário republicano, Donald Trump.

Em contraste, já na madrugada de quarta-feira em Lisboa, Trump surgiu triunfante no Centro de Convenções de Palm Beach, na Florida, a declarar perante milhares de seguidores eufóricos "uma vitória nunca antes vista" na política norte-americana, depois de ter acompanhado a noite eleitoral no seu 'resort' em Mar-a-Lago.

Quando apenas a cadeia televisiva Fox, próxima dos republicanos, o declarava eleito para um novo mandato, o ex-líder da Casa Branca destacou que os resultados lhe deram um "grande sentimento de amor" e que a nação lhe endossou "um mandato poderoso".

Trump discursou cerca de meia-hora acompanhado da mulher, Melania Trump, que já apresentou como "primeira-dama", dos filhos, do candidato a vice-presidente, J.D. Vance, descrito como "uma escolha certeira", do presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, e do bilionário proprietário da rede X, Elon Musk, apontado como "uma estrela".

À frente da sua equipa de campanha, o político republicano elogiou o trabalho dos seus apoiantes, que disse terem organizado cerca de 900 eventos, assinalando que nas eleições de 2016, que venceu contra Hillary Clinton, e de 2020, que perdeu para Joe Biden, o seu potencial foi subestimado.

Após esta vitória, pretende "ajudar o país a curar-se", depois de quatro anos de administração Biden, e "reparar a fronteira" com o México, prevendo uma "era dourada" para os Estados Unidos.

"Prometo não descansar até entregar uma América forte, segura e próspera que os nossos filhos merecem e que vocês merecem", declarou o republicano, que deixou ainda um apelo para a unidade. 

Leia Também: EUA/Eleições. Kamala Harris reage hoje à derrota e já ligou a Trump

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