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Governo de Milei insiste no plano de privatizar ou encerrar companhia aérea

O Governo de Javier Milei reafirmou hoje a intenção de privatizar ou encerrar a Aerolíneas Argentinas, num contexto de crescente tensão com os principais sindicatos de trabalhadores da aviação, que exigem melhores salários.

Governo de Milei insiste no plano de privatizar ou encerrar companhia aérea
Notícias ao Minuto

08/11/24 21:00 ‧ Há 5 Horas por Lusa

Mundo Argentina

À entrada para uma reunião com representantes dos principais sindicatos do setor, o secretário dos Transportes argentino, Franco Mogetta, explicou que a intenção do executivo continua a ser privatizar a maior companhia aérea do país.

 

"E se a privatização não acontecer, tentaremos fazer com que os funcionários aceitem. E se não aceitarem, será encerrada, mas a Aerolíneas Argentinas não continuará a ter o financiamento que tem do Estado, que durante todo o tempo do 'kirchnerismo' custou oito mil milhões de dólares à Argentina", disse Franco Mogetta em declarações à Rádio Mitre.

O secretário dos Transportes esclareceu que, ainda assim, "é uma empresa que não pode fechar de um dia para o outro", uma vez que "há pessoas que compraram bilhetes e há pessoas que precisam de viajar nos próximos meses".

O Governo já propôs a privatização da Aerolíneas Argentinas, a maior empresa do país, quando apresentou seu projeto de Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, aprovado pelos deputados, mas eliminou a companhia aérea da lista de "empresas privatizáveis" em junho para tentar chegar a um consenso no debate no Senado.

No final de setembro, o executivo declarou a empresa "suscetível à privatização" e tentou novamente avançar nesse sentido, sem sucesso por falta de apoio político.

As declarações do secretário dos Transportes surgem depois de uma semana de elevada tensão no conflito, com medidas contundentes dos trabalhadores face aos despedimentos de pessoal e uma forte reação do Governo.

Em resposta a uma assembleia de trabalhadores que deixou cerca de 2.000 passageiros presos em aviões durante algumas horas na quarta-feira, o executivo anunciou na quinta-feira a liberalização do mercado de serviços de rampa nos aeroportos argentinos e o despedimento de 15 trabalhadores da empresa responsável por essa tarefa - a Intercargo -, por incumprimento das obrigações.

O secretário dos Transportes foi hoje mais longe e adiantou que o Governo também pretende privatizar aquela empresa.

"Esta é uma das empresas que está na lista das empresas a privatizar e assim que possível, que seja viável de acordo com as ofertas e propostas que temos, vamos realizá-lo", afirmou o governante.

Membros do Governo reúnem-se hoje com membros da Associação do Pessoal Aeronáutico (APA), da Associação Argentina de Aeronautas (AAA) e da Associação de Pilotos de Linha Aérea (APLA) - principais sindicatos do setor - para tentar pôr fim ao conflito, que começou em agosto.

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