Hamas pede cerco de embaixadas de Israel
O grupo palestiniano islamita Hamas apelou hoje para o cerco das embaixadas de Israel e dos países que apoiam a política israelita para protestar contra a intensificação das operações militares no norte de Gaza.
© MOHAMMED HUWAIS/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"Apelamos (...) à intensificação de todas as formas de manifestações de massas e marchas, na próxima sexta-feira, sábado e domingo, em todas as cidades, capitais e praças árabes, islâmicas e internacionais, cercando as embaixadas da entidade sionista e dos países que a apoiam", afirmou o grupo num comunicado.
O grupo extremista apelou também para a denúncia do apoio a Israel por parte dos Estados Unidos, o seu aliado mais importante, mas também de outros países como a Alemanha e o Reino Unido, segundo a agência espanhola EFE.
As tropas israelitas intensificaram os bombardeamentos no norte de Gaza desde 06 de outubro, provocando muitas vítimas e deslocações generalizadas, especialmente em direção a Al Mawasi.
Situada na costa sul da Faixa de Gaza, Al Mawasi é uma área designada por Israel como zona humanitária onde estão concentradas centenas de milhares de pessoas deslocadas e que também não foi poupada a ataques.
Pelo menos uma criança foi morta hoje e 20 pessoas ficaram feridas num bombardeamento na zona, segundo a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.
Israel responde a estas denúncias afirmando que efetua ataques cirúrgicos contra elementos do Hamas.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que provocou mais de 43.700 mortos, segundo o balanço mais recente das autoridades do enclave governado pelo Hamas desde 2007.
O conflito também se alastrou ao sul do Líbano, de onde a milícia xiita pró-iraniana Hezbollah tem atacado o norte de Israel para ajudar o Hamas.
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