De acordo com as projeções das estações televisivas CNN e NBC News, os republicanos conquistaram pelo menos 218 assentos na câmara baixa do Congresso norte-americano, assim mantendo a sua maioria naquela câmara, depois de já terem conquistado o Senado aos democratas nas eleições da semana passada.
O multimilionário de 78 anos e o campo conservador conseguiram uma tripla vitória eleitoral a 05 de novembro: na presidência e nas duas câmaras do Congresso, reforçando o 'retumbante' regresso político do ex-presidente republicano (2017-2021).
"Esta foi uma vitória decisiva em todo o país. As pessoas querem ver-nos adotar e fazer cumprir a nossa agenda 'America First' ['A América Primeiro']", congratulou-se na terça-feira o deputado republicano Mike Johnson, que deverá, sem surpresas, continuar a presidir à Câmara dos Representantes.
"Temos um programa para os primeiros 100 dias: baixar os preços dos alimentos, baixar os preços da energia, reforçar a segurança da fronteira, pôr a economia a funcionar para que as famílias que estavam a passar por dificuldades possam recuperar", acrescentou o deputado republicano Steve Scalise.
Nas eleições presidenciais de 05 de novembro, Donald Trump venceu também o voto popular, contra a adversária democrata, a vice-presidente em exercício, Kamala Harris, com 50,2% dos votos, segundo a NBC News.
E ainda lhe caíram no colo todos os sete Estados decisivos ('swing-states', Estados que podiam fazer pender a balança para um lado ou para outro): Geórgia, Pensilvânia, Carolina do Norte, Michigan, Wisconsin, Nevada e Arizona.
O facto de controlar o Congresso facilitará a tarefa do 45.º e futuro 47.º Presidente norte-americano, que prometeu adotar medidas radicais, incluindo deportações em massa de migrantes, cortes nos impostos e desregulamentação.
Mas Donald Trump deixou claro a intenção de contornar o laborioso processo de confirmação do Senado para aqueles que pretende nomear para cargos essenciais. Para tal, tenciona utilizar uma cláusula que permite ao Presidente fazer nomeações temporárias quando o Senado não está em sessão.
Além disso, o horizonte judicial das condenações criminais e dos múltiplos processos judiciais de Donald Trump melhorou consideravelmente desde que o Supremo Tribunal conservador reconheceu, em julho, uma ampla presunção de imunidade criminal para os Presidentes dos Estados Unidos, pelo que tudo ficará em suspenso até pelo menos 2029.
Em Nova Iorque, um juiz que devia pronunciar-se na terça-feira sobre a legalidade da sua condenação criminal à luz do acórdão do Supremo Tribunal adiou a sua decisão para 19 de novembro.
Leia Também: Líder republicano diz que partido está preparado para cumprir agenda