COP29. ONU defende prioridades em África contra as alterações climáticas

O secretário executivo da Comissão das Nações Unidas para África (UNECA) defendeu hoje cinco prioridades políticas para os países africanos enfrentarem as alterações climáticas, que eliminam 5% do PIB de África todos os anos.

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© Resul Rehimov/Anadolu via Getty Images

Lusa
14/11/2024 11:02 ‧ 14/11/2024 por Lusa

Mundo

COP29

"A realidade diária está cada vez pior para África, onde as economias perdem até 5% do Produto Interno Bruto (PIB), em média, todos os anos devido a disrupções causadas pelas alterações climáticas", disse Claver Gatete na sua intervenção na 29.ª Conferência das Nac¸o~es Unidas sobre Alterações Clima´ticas (COP29).

 

Intervindo no âmbito do Dia de África, que hoje se assinala, Gatete defendeu que apesar de os países africanos precisarem de financiamento "acessível, previsível e adequado", a verdade é que "a estrutura do financiamento climático atual continua a perpetuar as desigualdades", em parte porque "o financiamento é entregue na forma de empréstimos, e não subvenções, o que aumenta os já elevados níveis de dívida em África".

Para os países africanos, a solução estará na adoção de cinco prioridades para tornar o continente mais resilientes às alterações climáticas e no rumo certo para o desenvolvimento económico sustentável.

Entre elas, Gatete elencou o aproveitamento dos minerais críticos para fomentar a transformação económica verde, a utilização dos mecanismos financeiros que permitem capitalizar a captura de carbono no continente e o estabelecimento de uma Nova Meta Coletiva Quantificada em termos de financiamento, cujas necessidades a UNECA estima serem de 1,3 biliões de dólares, à volta de 1,2 biliões de euros, para África.

Para além disso, o secretário executivo da UNECA defendeu a aceleração da transição energética no continente e a imperiosidade de "uma ação urgente e decisiva para limitar as emissões de gases com efeito de estufa e evitar os impactos irreversíveis das alterações climáticas".

África, concluiu, "está determinada em fazer a sua parte, mas é preciso que os parceiros globais igualem este compromisso com apoio concreto, porque os adiamentos aumentam os riscos para todos nós".

A COP29 iniciou-se em Baku, no Azerbaijão, no dia 11 e vai decorrer até ao dia 22 de novembro, tendo como grande tema de fundo as negociações sobre um acordo global em torno do financiamento do combate às alterações climáticas.

Leia Também: COP29. Mundo deve atingir neutralidade carbónica na próxima década

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