Polícia israelita afasta chantagem para alteração de atas prévias a ataque
A polícia israelita afastou hoje a possibilidade de o chefe de gabinete do primeiro-ministro ter chantageado um oficial do secretariado militar para este alterar as atas das discussões anteriores ao ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023.
© Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Médio Oriente
Depois de interrogar Tzachi Braverman, a polícia decidiu afastar a acusação de chantagem, mas manteve a investigação aberta por "conduta inadequada", o que, de acordo com os meios de comunicação hebraicos, significa que o chefe de gabinete de Benjamin Netanyahu ainda é suspeito no caso da alteração de atas oficiais.
No domingo, Braverman foi acusado de ameaçar revelar um vídeo comprometedor de um funcionário do gabinete do primeiro-ministro israelita caso este não alterasse as atas das discussões realizadas nas horas anteriores ao ataque de militantes palestinianos do grupo Hamas, que provocou a morte de pelo menos 1.200 pessoas e o sequestro de mais 250.
O vídeo utilizado por Braverman foi captado pelas câmaras do gabinete do primeiro-ministro, segundo a rádio pública Kan, tendo o canal de televisão israelita 13 acrescentado que o soldado ameaçado tinha uma "relação inadequada" com uma mulher no seu ambiente de trabalho, embora não tenha especificado que era esse o conteúdo da gravação.
A alegada chantagem para alterar as atas destas reuniões pretendia que deixasse de haver qualquer registo sobre o nível de informação que chegou ao gabinete de Benjamin Netanyahu antes do ataque.
O advogado de Braverman descreveu as acusações como "uma difamação grave" e garantiu que o seu cliente não tem "documentação sensível" nem fez chantagem com ninguém.
Os pormenores deste caso permanecem sob sigilo, mas os meios de comunicação israelitas sugerem que Braverman não atendeu as chamadas na noite em que as autoridades tentaram notificá-lo.
Uma investigação estatal independente sobre as falhas que permitiram o ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 continua pendente, apesar dos apelos da oposição, do procurador-geral e do antigo ministro da Defesa Yoav Gallant, demitido na semana passada por Netanyahu por divergências.
Mais de um ano depois do ataque, o exército também não publicou o seu inquérito interno sobre o sucedido e continuam a crescer as dúvidas sobre o grau de conhecimento prévio das autoridades, incluindo do primeiro-ministro.
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