Tribunal francês aceita libertação de pró-palestiniano preso há 40 anos
Um tribunal francês aceitou o pedido de libertação condicional dum libanês pró-palestiniano, Georges Ibrahim Abdallah, preso há 40 anos por cumplicidade num homicídio em França.
© VALENTINE CHAPUIS/AFP via Getty Images
Mundo França
Apesar da decisão do tribunal, a Procuradoria Nacional Antiterrorista francesa (PNAT) disse à agência France-Presse que vai recorrer.
"Por decisão de hoje, o Tribunal de Execução de Penas aceitou o pedido de libertação condicional de Georges Ibrahim Abdallah, com efeitos a partir de 06 de dezembro, sob a condição de abandonar o território francês", declarou a Procuradoria Nacional Antiterrorista em comunicado referindo-se ao décimo primeiro pedido de libertação condicional.
Condenado a prisão perpétua em 1986 por cumplicidade no assassinato de dois diplomatas, um norte-americano e um israelita, Georges Abdallah, detido na prisão de Lannemezan, no sudoeste de França, é, segundo apoiantes, "o prisioneiro mais antigo do mundo ligado ao conflito do Médio Oriente".
Apesar de poder ser libertado há 25 anos (1999), todos os pedidos de liberdade condicional foram sempre rejeitados, com exceção de um em 2013, que foi aceite na condição de ser sujeito a uma ordem de deportação, embora esta não tenha sido aplicada pelo então Ministro do Interior, Manuel Valls.
A decisão do tribunal conhecida hoje não foi condicionada à emissão de uma ordem de deportação pelo governo, disse à France Presse o advogado de Abdallah, Jean-Louis Chalanset, saudando-a como "uma vitória legal e uma vitória política".
No início dos anos 1980, quando o Líbano se encontrava em plena guerra civil, Georges Abdallah, antigo professor, foi cofundador das Fractions Armées Révolutionnaires Libanaises (FARL), um grupo marxista pró-sírio e anti-israelita que reivindicou a autoria de cinco atentados, quatro dos quais mortais, em França.
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