Hamas acusa EUA de serem responsáveis por alegados crimes de Israel
O grupo islamita palestiniano Hamas acusou hoje os Estados Unidos de serem responsáveis por crimes alegadamente cometidos por Israel na Faixa de Gaza, após Washington ter negado que haja deslocações forçadas e limpeza étnica.
© Alexi J. Rosenfeld/Getty Images
Mundo Médio Oriente
"As declarações do Departamento de Estado norte-americano sobre não ter visto operações de deslocação forçada, que constituem crimes de guerra em Gaza, mostram um comportamento hostil por parte dos Estados Unidos, que é compatível com os crimes sem precedentes a história moderna", afirmou o Hamas, citado no diário palestiniano Filastin.
O Hamas, considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, sublinhou que estes alegados crimes estão a ser cometidos "sob o patrocínio dos Estados Unidos".
Os norte-americanos afirmaram, por sua parte, que o relatório de um comité especial da ONU sobre as táticas de guerra de Israel na área, que se enquadrariam nas características de um genocídio, são um conjunto de "acusações sem provas".
"A política dos EUA confirma a responsabilidade desta administração pelos atrozes crimes de guerra que foram cometidos em Gaza durante mais de quatrocentos dias", considerou o movimento que entrou em território israelita e matou cerca de 1.200 pessoas e raptou mais de duas centenas.
Neste sentido, o Hamas acusou o secretário de Estado do país norte-americano, Antony Blinken, e os "criminosos de guerra sionistas" de ignorarem a realidade para não admitirem ao que "estão a submeter o povo palestiniano e os membros da resistência".
"Falam de projetos a serem implementados no dia seguinte ao final da guerra", indicou o grupo palestiniano.
Esta semana, tanto o comité especial da ONU que investiga os alegados abusos de Israel nos Territórios Palestinianos Ocupados como a Human Rights Watch (HRW) apontaram táticas de guerra israelitas que se enquadram em crimes contra a humanidade e alertaram ainda para o deslocamento forçado massivo da população civil em Gaza.
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