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Polícia dispersa protesto junto à sede da Comissão Eleitoral da Geórgia

A polícia georgiana dispersou hoje na capital, Tbilisi, um novo protesto em frente à sede da Comissão Eleitoral durante a sua avaliação das controversas eleições de outubro, tendo o resultado definitivo dado a vitória ao partido no poder.

Polícia dispersa protesto junto à sede da Comissão Eleitoral da Geórgia
Notícias ao Minuto

16/11/24 11:56 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Geórgia

O protesto seguiu-se também a uma altercação ocorrida durante o balanço entre o presidente do organismo, Giorgi Kalandarishvili, e o opositor Davit Kirtadze, que atirou uma lata de tinta preta ao primeiro, segundo a Europa Press.

 

O país tem estado em turbulência desde as eleições, que foram ganhas pelo partido no poder, o Sonho Georgiano, do primeiro-ministro Irakli Kobajidze, no meio de críticas da presidente da oposição pró-europeia do país, Salome Zurabishvili, que acusou a Rússia de estar a manipular as eleições.

Nos resultados definitivos, a comissão confirmou a vitória do Sonho Georgiano com 53,93% dos votos, o que se traduz em 89 lugares, uma maioria extremamente confortável em relação à Coligação para a Mudança, na oposição (11,03%, 19 lugares).

A altercação entre Kalandarishvili e Kirtadze ocorreu quando o líder da oposição acusou o presidente da Comissão Eleitoral de ser uma "marca negra" na história da Geórgia, numa referência ao aparecimento destes sinais no verso do boletim de voto, que violaram o segredo do escrutínio e se tornaram um símbolo dos protestos da oposição contra as eleições de 26 de outubro.

Na sequência das suas críticas, Kirtadze atirou tinta preta ao Presidente Kalandarishvili, após o que foi expulso da sala de reuniões. Outros membros da oposição também foram escoltados para fora da reunião ou decidiram abandonar o local em sinal de protesto, informou o portal de notícias georgiano Civil.

A oposição acusou o Sonho Georgiano, criado por Bidzina Ivanishvili, um bilionário obscuro que fez fortuna na Rússia, de se tornar cada vez mais autoritário e inclinado para Moscovo.

Recentemente, adotou leis semelhantes às utilizadas pelo Kremlin para reprimir a liberdade de expressão e os direitos LGBTQ+

Washington e Bruxelas já apelaram a uma investigação a fundo das eleições, enquanto o Kremlin rejeitou as acusações de interferência.

Muitos georgianos consideraram as eleições legislações como um referendo fundamental sobre o esforço do país para aderir à UE.

A UE suspendeu indefinidamente o processo de pedido de adesão da Geórgia devido à aprovação, em junho, de uma "lei de influência estrangeira" ao estilo russo.

Leia Também: Resultados finais na Geórgia confirmam vitória do partido no poder

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