Putin assina decreto para autorizar o uso alargado de armas nucleares
Notícia está a ser avançada pela AFP.
© GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, terá assinado um decreto para autorizar o uso mais alargado de armas nucleares, noticia a AFP.
Segundo esclarece o portal Meduza, o documento aprova alterações à doutrina nuclear de Moscovo, que estabelece agora que um ataque nuclear por parte de Moscovo pode ser justificado se for em resposta a "uma agressão contra a Rússia e os seus aliados por parte de qualquer Estado não nuclear apoiado por um Estado nuclear” ou a um ataque aéreo em grande escala com armas não nucleares, incluindo drones.
#BREAKING Putin signs decree allowing broader use of nuclear weapons pic.twitter.com/L7CQifd1Db
— AFP News Agency (@AFP) November 19, 2024
Assim, a Rússia reserva-se ao direito de usar armas nucleares em resposta ao uso de armas de destruição em massa contra ela ou seus aliados, refere o Telegram.
A Rússia está a fazer todos os esforços necessários para reduzir a ameaça nuclear, afirma o documento assinado pelo presidente do país.
O documento assinado esta manhã por Putin© Rússia
Isto acontece depois de Joe Biden ter autorizado a Ucrânia a utilizar as armas norte-americanas de longo alcance. A decisão do Presidente dos Estados Unidos da América vem na sequência do acordo alcançado em maio sobre a utilização de armas norte-americanas para atacar regiões fronteiriças do lado russo da fronteira, mas não inclui a utilização de Army Tactical Missile Systems (ATACMS) ou outros mísseis de longo alcance.
A Ucrânia há muito que pedia essa mudança, mas a atual administração dos EUA tinha hesitado até agora tomar uma decisão, receando que isso pudesse levar a uma nova escalada do conflito, iniciado em fevereiro de 2022.
A autorização dada pelo Presidente Joe Biden, a cerca de dois meses de deixar a Casa Branca, obteve reação do Kremlin que acusou os EUA de estarem a atirar gasolina para a fogueira.
[Notícia atualizada às 08h39]
Leia Também: Kremlin acusa EUA de "atear fogo" com decisão sobre o uso de mísseis
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