Maïga, nomeado para o cargo pelos militares em 2021 na sequência de um segundo golpe de Estado no espaço de um ano, era visto como isolado, com uma capacidade de ação limitada face aos militares.
No decreto emitido pelo chefe da junta, general Assimi Goïta, e lido pelo secretário-geral da Presidência, Alfousseyni Diawara, afirma-se que "as funções do primeiro-ministro e dos membros do Governo são extintas".
A demissão ocorre quatro dias depois de Maïga ter feito uma rara crítica pública à junta militar.
O então primeiro-ministro lamentou o facto de ter sido mantido à margem do processo de decisão sobre a permanência dos generais no poder e falou do "espetro da confusão e da amálgama" que, segundo ele, paira sobre o atual período de transição.
A junta militar que dirige desde 2020 este país confrontado com o fundamentalismo islâmico e uma profunda crise social, política e económica, não honrou o compromisso, inicialmente assumido sob pressão internacional, de entregar o poder a civis eleitos em março de 2024.
Não há nenhum prazo fixado a este respeito.
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