Jiang Zhuojun, de 29 anos, declarou-se culpado no Tribunal Distrital de Tóquio das acusações de danos materiais e de desrespeito por um local de culto e afirmou que o motivo das suas ações não esteve relacionado com questões históricas.
"Estava a protestar contra a descarga de água radioativa tratada", disse Zhuojun ao tribunal, segundo a agência noticiosa japonesa Kyodo.
O home referiu-se à controversa descarga de água contaminada da central nuclear de Fukushima no Pacífico, que foi processada para remover a maior parte dos resíduos radioativos.
O residente chinês foi acusado de ter alegadamente conspirado com dois outros compatriotas para vandalizar um pilar de pedra no controverso santuário e pintar com tinta a palavra 'toilet' ("casa-de-banho", em português), no dia 31 de maio. Os danos causados por este ato de vandalismo estão estimados em 4,6 milhões de ienes (cerca de 28.976 euros).
Os outros dois suspeitos, Dong Guangming e Xu Laiyu, partiram do Japão para a China no dia seguinte ao evento e foram colocados na lista de procurados da polícia local em julho, altura em que Jiang foi detido.
O evento atraiu a atenção do público em grande parte devido a um vídeo publicado nas redes sociais chinesas, que mostrava um homem a urinar no pilar de pedra antes de o pintar.
O controverso santuário homenageia os soldados que tombaram pelo Japão entre o final do século XIX e 1945, mais de 2,4 milhões de pessoas, incluindo 14 políticos e oficiais do Exército Imperial condenados por um tribunal internacional como criminosos de guerra de classe A, após a Segunda Guerra Mundial.
Yasukuni é fonte de críticas por parte da China e da Coreia do Sul, países vizinhos que sofreram agressões bélicas por parte do Japão e onde a memória do militarismo japonês antes e durante a guerra é profunda.
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