Portugal está representado na reunião pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Os governantes com a pasta da diplomacia da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vão abordar os últimos desenvolvimentos da invasão russa da Ucrânia, mais de 1.000 dias depois do início da ocupação de grandes porções do território ucraniano.
Os ministros deverão abordar uma carta enviada pela Ucrânia à NATO a pedir um convite formal para aderir à Aliança Atlântica.
A carta, consultada por 'media' internacionais na semana passada, assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, pedia um convite para aderir à organização político-militar, um passo que faz parte do "plano para a vitória" do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"O convite não deve ser visto como uma escalada [do conflito]", escreveu o governante.
Também na semana passada, numa entrevista à estação televisiva britânica Sky News, Zelensky afirmou que aceitaria um acordo de cessar-fogo, mesmo sem a devolução imediata dos territórios ocupados, em troca da adesão à NATO.
No domingo, em Kiev, no dia em que assumiu funções, a nova chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, defendeu que "a garantia de segurança mais forte" para proteção da Ucrânia é a adesão à NATO, considerando que cabe às autoridades ucranianas decidir quando e como negociar o cessar-fogo.
"Tenho sido muito clara sobre isto e a garantia de segurança mais forte é a adesão à NATO", declarou a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança na capital ucraniana.
Ao final da tarde, está prevista uma conferência de imprensa conjunta do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.
A guerra iniciada em fevereiro de 2022 registou nas últimas semanas novos desenvolvimentos, com Kiev a denunciar o envio de milhares de tropas norte-coreanas para a Rússia e com Moscovo a intensificar as suas manobras e retórica, ameaçando o Ocidente com um novo míssil hipersónico.
Ao início da manhã de hoje, o secretário-geral da NATO recebe ainda o Rei da Jordânia, Abdullah II.
O Rei da Jordânia e o secretário-geral da Aliança Atlântica deverão abordar o conflito no Médio Oriente, depois do cessar-fogo que entrou em vigor na semana passada no Líbano entre Israel e o grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.
Para quarta-feira está prevista uma reunião a nível ministerial do Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisão política na NATO.
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