O suspeito de matar Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, continua fugido, horas depois dos disparos ocorridos na manhã desta quarta-feira em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Há uma recompensa em jogo pela sua captura - e choque na cidade norte-americana -, mas não existem muitos detalhes sobre a situação que, segundo a esposa do CEO, "não faz sentido".
Mas, afinal, quem era Brian Thompson, executivo de uma das maiores operadoras de saúde privadas do país?
Segundo aponta a CNN Internacional, o executivo estava na 'Big Apple', como é conhecida a cidade de Nova Iorque, para uma conferência de investidores que ali se realizaria.
Vindo do Minnesota, onde vivia, Thompson terá sido morto com uma arma com um silenciador, de acordo com as autoridades. Um vídeo partilhado nas redes sociais mostra o momento em que o empresário é atingido, com o agressor encapuzado a aparecer nas suas costas e a disparar. Devido à violência das imagens, o Notícias ao Minuto optou por não partilhar o vídeo.
De acordo com as autoridades, o homicídio parece ter sido "premeditado e planeado".
© CoffindafferFBI/ X (antigo Twitter)
O homem, de 50 anos, ocupava o cargo de CEO desde 2021, mas já trabalhava na empresa desde 2004. Antes de ser nomeado diretor-executivo da UnitedHealthcare, trabalhou noutros cargos na empresa, que também incluíam negócios com a Medicare, um programa de seguros, e em 'pastas' relacionadas com a reforma. Note-se que a UnitedHealthcare faz parte do UnitedHealth Group, a maior companhia de seguros dos EUA.
Segundo o LinkedIn, o empresário formou-se no estado do Iowa, tanto no ensino secundário, que terminou em 1993, como na faculdade, que terminou em 1997.
Depois de um percurso numa grande empresa norte-americana, este foi um ano em que o currículo de Thopmson foi 'manchado'. Em maio, o empresário foi processado por fraude e abuso de informação privilegiada.
Segundo a CNN Internacional, o Fundo de Pensões dos Bombeiros de Hollywood interpôs uma ação judicial contra o UnitedHealth Group, o CEO Andrew Witty, o presidente Executivo Stephen Hemsley e a agora vítima deste ataque, Brian Thompson.
O fundo alegava que estes executivos conspiraram para inflacionar as ações da empresa ao não divulgarem uma investigação 'antitrust' do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre a empresa. De acordo com a ação judicial consultada pela imprensa internacional, Thompson sabia da investigação em causa já em outubro de 2023 e vendeu ainda assim 31% das ações da sua empresa.
Com esta venda, Thompson terá lucrado 15 milhões de dólares, 11 dias antes de o Wall Street Journal revelar esta investigação. Após a imprensa denunciar a situação, as ações da UnitedHealth caíram 5%.
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