Situação debatida no Qatar entre aliados do regime de Damasco

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, do Irão e da Turquia reúnem-se sábado no Qatar para debater a grande ofensiva na Síria de fações rebeldes islâmicas contra o governo de Damasco.

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Lusa
06/12/2024 15:43 ‧ 06/12/2024 por Lusa

Mundo

Síria

A reunião vai decorrer no contexto do formato Astana - que envolve os três países que garantiram o cessar-fogo no país árabe - Rússia, Irão e Turquia, disse à Agência TASS a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.

 

"A conferência vai ter lugar durante o Fórum de Doha, onde vai estar presente o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov", disse.

No início da semana, o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araqchi, tinha previsto que os ministros dos três países se reuniriam a 07 ou 08 de dezembro para debater a situação na Síria.

Desde então, o presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, reafirmaram, num contacto telefónico, o apoio "incondicional" ao líder sírio Bashar al Assad.

Putin apelou igualmente ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para que ponha termo "o mais rapidamente possível" àquilo a que chamou "agressão terrorista" contra o Estado sírio.

O Irão, que acusou os Estados Unidos e Israel de voltarem a provocar a violência na Síria, e a Rússia são aliados do governo de Assad, enquanto a Turquia tem apoiado grupos armados da oposição.

Entre domingo e terça-feira passados, a Rússia realizou manobras navais de grande envergadura no Mediterrâneo Oriental, perto da costa síria, utilizando mísseis hipersónicos de nova geração.

Ao mesmo tempo, o contingente russo na Síria admitiu ter bombardeado posições inimigas nas províncias de Idlib, Hama e Alepo, em coordenação com o exército sírio.

O governo sírio iniciou uma campanha de contactos com os países árabes, bem como com o Irão, principal aliado, em busca de apoio após o início da ofensiva generalizada das fações islâmicas.

Esta aliança, liderada pela Organização de Libertação do Levante, que integrou a Al Qaeda na Síria, e composta também por fações pró-turcas, conseguiu desde então controlar completamente a cidade de Idlib e a maior parte de Alepo, a segunda maior cidade depois de Damasco.

Os radicais islâmicos prosseguem o avanço em direção a Hama, cerca de 210 quilómetros a norte da capital.

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