Presidente sul-coreano pede "sinceras desculpas", mas não se demite

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, apresentou hoje "sinceras desculpas" pela imposição da lei marcial, mas não se demitiu, poucas horas antes da votação parlamentar da destituição.

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© South Korean Presidential Office via Getty Images

Lusa
07/12/2024 06:19 ‧ 07/12/2024 por Lusa

Mundo

Coreia do Sul

Numa breve mensagem transmitida pela televisão, Yoon anunciou que ia confiar ao seu partido a tarefa de adotar "medidas para estabilizar a situação política", incluindo sobre o mandato presidencial.

 

O Presidente sul-coreano prometeu também que não ia tentar declarar a lei marcial uma segunda vez.

Entretanto, esta manhã (hora local), o parlamento sul-coreano anunciou que vai reunir-se às 17h00 (08h00 em Lisboa). Em primeiro lugar, vai votar um projeto de lei que nomeia um procurador especial para investigar as alegações de tráfico de influências que envolvem a mulher de Yoon e, em seguida, a destituição do Presidente sul-coreano.

Na sexta-feira, a votação tinha sido anunciada para as 19h00 (10h00 em Lisboa).

Para destituir Yoon é necessário o apoio de 200 dos 300 membros da Assembleia Nacional (parlamento). Os partidos da oposição que apresentaram conjuntamente a moção de destituição têm 192 lugares.

Isso significa que precisam de pelo menos oito votos do Partido do Poder Popular de Yoon.

Na quarta-feira, 18 membros do PPP juntaram-se à votação que cancelou por unanimidade a lei marcial, menos de três horas depois de Yoon ter declarado a medida na televisão, chamando ao parlamento controlado pela oposição um "antro de criminosos".

A votação decorreu num momento em que centenas de soldados fortemente armados cercavam a Assembleia Nacional, numa tentativa de perturbar a votação e, possivelmente, de deter políticos importantes.

Leia Também: Coreia do Sul. Partido no poder falou com PR e mantém pedido de suspensão

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