"O prémio homenageia oito indivíduos corajosos que promovem e defendem os direitos humanos e as liberdades fundamentais em todo o mundo. Os premiados demonstraram liderança, coragem e impacto no seu trabalho", destacou o Departamento de Estado norte-americano, em comunicado, sobre os vencedores do 'Prémio Defensor dos Direitos Humanos'.
O departamento liderado por Antony Blinken frisou que entre os premiados estão "defensores da transparência e da responsabilização, dos direitos dos membros de comunidades vulneráveis e das populações marginalizadas, da libertação de indivíduos detidos injustamente e dos direitos laborais".
"Cada galardoado é um testemunho da bravura e tenacidade dos defensores dos direitos humanos de todo o mundo, que muitas vezes desempenham este trabalho com grande risco pessoal", pode ler-se.
A diplomacia norte-americana destacou, em particular, Rufat Safarov, do Azerbaijão, sublinhando que este líder da Defense Line, uma organização da sociedade civil que documenta e informa sobre detenções e processos por motivos políticos, corrupção governamental e alegações de tortura, foi "detido injustamente pelas autoridades do Azerbaijão" em 03 de dezembro de 2024 e continua detido, apelando "à sua libertação imediata".
Também Mary Ann Abunda, defensora dos direitos dos trabalhadores migrantes no Kuwait, foi homenageada, sendo "ela própria vítima de abusos e exploração de trabalhadores migrantes (...) liderou campanhas de defesa de base e ajudou a estabelecer redes e recursos para os trabalhadores migrantes, incluindo o acesso a assistência jurídica, aconselhamento e abrigo".
Já Amparo Carvajal, defensora dos direitos humanos na Bolívia há mais de 50 anos e cofundadora e presidente da Assembleia Permanente dos Direitos Humanos da Bolívia (APDHB), também recebeu a distinção.
"Sob a sua liderança, a APDHB continua a prestar apoio e serviços gratuitos às vítimas e sobreviventes de violações dos direitos humanos e às suas famílias", destacou a diplomacia norte-americana.
Outra homenageada foi Aida Dzhumanazarova, diretora nacional e consultora jurídica do Centro Internacional de Direito Sem Fins Lucrativos (ICNL) na República do Quirguistão, com os EUA a realçaram "uma carreira de mais de uma década (...) fundamental na promoção de um ambiente favorável e no empoderamento da sociedade civil no seu país".
Também foi homenageado Mang Hre Lian, que "passou a sua carreira a trabalhar para promover os direitos humanos, a liberdade religiosa, a liberdade dos meios de comunicação social e a participação política dos jovens na Birmânia".
A título póstumo foi premiado Thulani Maseko, advogado e defensor dos direitos civis e de uma transição democrática pacífica em Eswatini.
"Foi assassinado por um agressor desconhecido em 2023. Maseko passou a sua carreira a defender a democracia e os direitos humanos, tendo inclusive desempenhado as funções de chefe do Conselho Representativo dos Estudantes da Suazilândia e fundado a Associação de Advogados pelos Direitos Humanos", realçou o Departamento de Estado.
Os EUA distinguiram também Ebenezer Peegah, um "dedicado ativista dos direitos humanos e pioneiro da igualdade LGBTQI+ no Gana", fundador e Diretor Executivo da Rightify Gana, uma ONG "dedicada a promover os direitos das minorias sexuais e de género".
E ainda Juana Alicia Ruiz, artista, professora, líder social e responsável da ASVIDAS, uma organização "dedicada a defender os sobreviventes de violência de género na Colômbia".
Leia Também: Trump escolhe nova liderança da Comissão do Comércio Federal dos EUA