Londres e ONU querem maior proteção de agentes humanitários em Gaza

O Reino Unido e a ONU defenderam a necessidade de se fazer mais para proteger os trabalhadores humanitários na Faixa de Gaza, onde, num novo balanço dos ataques israelitas de hoje, o total de mortos subiu de 22 para 33.

Notícia

© JAIMI JOY/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
11/12/2024 20:14 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA), Phillippe Lazzarini, encontraram-se hoje em Londres para analisar o conflito entre Israel e o Hamas, iniciado a 07 de outubro de 2023.

 

Num comunicado, o primeiro-ministro expressou condolências pelos muitos funcionários da UNRWA que foram mortos no conflito, tendo os dois lados expressado a necessidade de se proteger com maior acuidade os funcionários das organizações humanitárias.

Lazzarini agradeceu ao líder trabalhista o "forte apoio do Reino Unido à UNRWA e ambos sublinharam a importância de defender o direito humanitário internacional", lê-se na nota.

Em relação ao financiamento, o primeiro-ministro britânico prometeu "mais 13 milhões de libras (15,7 milhões de euros) à UNRWA para serviços vitais de apoio aos refugiados palestinianos nos Territórios Ocupados e na região". 

"Os dois reiteraram a necessidade urgente de um cessar-fogo imediato em Gaza, a libertação de todos os reféns e um aumento da ajuda humanitária", acrescenta o comunicado, em que é expresso que as duas partes "vão continuar a trabalhar em conjunto com os parceiros internacionais para alcançar a paz no Médio Oriente". 

Entretanto, os ataques aéreos israelitas no norte e no centro de Gaza mataram pelo menos 33 pessoas durante a noite de hoje, informaram as autoridades médicas palestinianas, quando o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, deverá regressar ao Médio Oriente esta semana para a sua primeira visita diplomática desde a destituição do Presidente sírio, Bashar al-Assad.

Os registos hospitalares mostram que um ataque israelita a uma casa no norte de Gaza matou 19 pessoas, incluindo uma família de oito pessoas - quatro crianças, os seus pais e dois avós.

As forças armadas israelitas afirmaram ter atingido um militante do Hamas nas imediações do hospital, no âmbito de uma ofensiva no norte de Gaza, enclave isolado e fortemente destruído.

"Recebemos pedidos de socorro de vizinhos e de pessoas presas, mas não podemos abandonar o hospital devido ao risco que continua a existir", declarou o diretor do hospital Kamal Adwan, situado nas proximidades.

Os ataques em Gaza ocorreram um dia depois de Israel ter efetuado centenas de ataques aéreos em toda a Síria, à medida que as suas tropas avançavam para na zona desmilitarizada que separa os dois países.

A guerra em Gaza começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram Israel a 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e sequestraram cerca de 250 pessoas, incluindo crianças e idosos. Cerca de 100 reféns ainda se encontram em Gaza, dos quais pelo menos um terço terá morrido.

A ofensiva de retaliação de Israel já matou mais de 44.800 palestinianos em Gaza, segundo as autoridades sanitárias locais, que adiantam que as mulheres e as crianças representam mais de metade dos mortos, mas não fazem distinção entre combatentes e civis na sua contagem. Israel afirma ter matado mais de 17.000 militantes, sem apresentar provas.

Leia Também: Guterres vê "sinal de esperança" no "fim da ditadura síria"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas