Nesta viagem, que se prolonga até 26 de dezembro, Ma lidera uma delegação de estudantes que se desloca às províncias chinesas de Heilongjiang (nordeste) e Sichuan (centro), onde vão visitar locais históricos e participar em atividades culturais.
No aeroporto de Taoyuan (norte), Ma disse à imprensa que, num contexto de aumento "da tensão" entre os dois lados do estreito de Taiwan, a sua fundação, Ma Ying-jeou, está a fazer "tudo o que é possível" para "promover o intercâmbio de jovens" entre Taiwan e a República Popular da China, informou a agência de notícias estatal taiwanesa CNA.
O antigo líder (2008-2016) sublinhou que "a sua responsabilidade" é "contribuir para o bem-estar de ambas as comunidades e para a paz entre os dois lados", salientando que quanto mais os jovens chineses e taiwaneses comunicarem e se conhecerem, "menos conflitos haverá no futuro".
Relativamente a possíveis encontros com responsáveis chineses, o diretor executivo da fundação, Hsiao Hsu-tsen, afirmou que em viagens anteriores "houve sempre recetividade" por parte das autoridades locais e que, neste caso, dependerá novamente "da disponibilidade" dos anfitriões.
China e Taiwan viveram um grande momento de aproximação durante a presidência de Ma, ao ponto de este ter realizado uma reunião histórica em Singapura com o Presidente chinês, Xi Jinping, no final de 2015, a primeira entre líderes de ambos os lados do estreito em mais de 60 anos.
Ma e Xi voltaram a encontrar-se em abril deste ano, em Pequim, durante a anterior visita do antigo líder taiwanês à China. Nessa ocasião, Xi insistiu que "não há forças que possam separar Taiwan da China".
A viagem de Ma ocorre num contexto de crescente fricção entre a China e Taiwan, uma ilha governada autonomamente desde 1949 e considerada pelas autoridades de Pequim como parte do país e deve ser reunificada, pela força, caso necessário.
Na semana passada, Pequim enviou vários navios da marinha e da guarda costeira para as imediações de Taiwan e diferentes partes do Pacífico, numa operação sobre a qual a China não forneceu pormenores e que, segundo os especialistas, "visou pressionar" o governo de Taiwan e "enviar uma mensagem" à próxima administração dos Estados Unidos.
Leia Também: Aprovada lei que prevê demissão de funcionários desleais a Macau e China