Husam Abu Safia disse que a unidade foi atacada diretamente, provocando um incêndio que obrigou a equipa médica a retirar os pacientes que estavam ligados a ventiladores.
Em declarações divulgadas pela agência de notícias oficial palestina Wafa, o diretor descreveu que os funcionários do hospital foram obrigados a apagar o fogo com cobertores.
Abu Safia explicou que o hospital sofre com a falta de água desde que um ataque israelita, há oito dias, destruiu o sistema de abastecimento.
Beit Lahia, onde está Kamal Adwan, é uma das cidades mais devastadas pela nova ofensiva israelita no norte de Gaza, que começou no início de outubro e já custou a vida a mais de 3.000 pessoas, segundo as autoridades do enclave controlado pelo grupo islâmico Hamas.
"Em quatro ocasiões, entre 03 e 07 de dezembro, o Hospital Kamal Adwan em Beit Lahia, que abriga 90 pacientes e 66 membros da equipa médica, foi atacado com tiros, bombas e foguetes, resultando na morte de sete pessoas, incluindo quatro médicos e uma criança", informou o gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
No final de outubro, as forças israelitas invadiram o complexo e prenderam a maior parte do pessoal médico.
Durante o ataque, o próprio filho de Abu Safia morreu.
O diretor também informou recentemente que dois soldados israelitas entraram no centro com um megafone a exigir a evacuação dos pacientes.
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