"Caros amigos, dentro de poucos minutos o ano de 2025 irá chegar, completando o primeiro quarto do século XXI. Este período foi marcado na Rússia por muitos acontecimentos, particularmente históricos e de grande escala", sublinhou Putin.
"Ainda há muito a fazer, mas podemos orgulhar-nos do que foi conseguido, é o nosso bem comum para o desenvolvimento futuro", disse, no seu tradicional discurso à nação a propósito da passagem de ano.
Saudando um país "independente, livre e forte", o líder russo considerou que a Rússia "foi capaz de enfrentar os desafios mais difíceis", mas fez apenas fez uma alusão ao conflito na Ucrânia.
"Estamos certos de que tudo ficará bem, que continuaremos a avançar", sublinhou, no momento em que o extremo oriente russo entrava no novo ano.
Putin, que era primeiro-ministro quando o então Presidente russo Boris Ieltsin se demitiu doente e desacreditado, tomou a liderança do país no dia 31 de 1999.
Desde então, orgulha-se de ter transformado a Rússia numa grande potência, capaz de competir com o Ocidente, e de ter restaurado a honra dos russos após a "humilhação da desagregação" do império soviético.
Embora o país esteja imerso numa guerra provocada pela invasão da Ucrânia há quase três anos, a única referência que o discurso do Presidente russo fez àquele que é o conflito mais grave na Europa desde a II Guerra Mundial foi uma saudação aos soldados destacados na frente.
"Nesta véspera de Ano Novo, os pensamentos e as esperanças de familiares, amigos e de milhões de pessoas em toda a Rússia estão com os nossos combatentes e os nossos comandantes", disse.
O líder do Kremlin (presidência russa) também não mencionou as dificuldades económicas da Rússia, atingida por uma inflação elevada e um crescimento que mostra sinais de esgotamento e muito menos referiu que estes problemas advêm do conflito na Ucrânia e das sanções ocidentais pela invasão.
Putin lembrou ainda que 2025 marcará 80 anos desde a derrota da Alemanha nazi, elemento central do discurso russo de grandeza nacional, considerando o Kremlin que a URSS foi o principal arquiteto da vitória dos Aliados em 1945.
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