O problema do impacto da emissão de gases por parte das vacas, que degrada a camada de ozono, não é novo, mas também também permite criar novas formas para solucionar as suas consequências.
Hilda, uma vaca da Escócia, tornou-se a primeira vitela a nascer através de fertilização in vitro no rebanho monitorizado há mais tempo do Reino Unido, o que, segundo os investigadores, possibilitou criar um processo genético de reprodução para reduzir as emissões de metano, conta o Telegraph.
O uso dessa técnica, que envolveu a fertilização dos óvulos da mãe de Hilda em laboratório, significou que a próxima geração do rebanho chegou oito meses antes do que era possível anteriormente.
A manada Langhill de Dumfries tem sido estudada há 52 anos, de forma a perceber como é que a reprodução pode melhorar a saúde e a reprodução de vacas em todo o país. Agora, os investigadores que acompanham a manada estão a voltar a atenção para reduzir o metano que estes animais produzem.
© Reprodução/ Phil Wilkinson/SRUC/PA
O metano é produzido por micróbios no rúmen, a maior parte do estômago de uma vaca, e estão ligados à genética. É por isso que o Rural College da Escócia está a identificar e criar vacas com genes que produzirão descendentes com emissões mais baixas. No entanto, esse é um processo lento — é aí que Hilda entra: "A tecnologia de fertilização in vitro permite-nos criar esses animais [que produzem menos metano] mais rapidamente", explicou o professor Richard Dewhurst.
Com a repetição do processo, os cientistas creem que será possível dobrar a taxa de "ganho genético" na manada e, assim, acelerar o processo de seleção e criação de animais mais "eficientes em metano".
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