"A França teve razões para intervir contra o terrorismo desde 2013, mas os líderes africanos esqueceram-se de dizer obrigado", disse o Presidente francês, num discurso na reunião anual dos embaixadores franceses.
Nenhum desses país, prosseguiu, "seria hoje um país soberano se o exército francês não tivesse sido destacado", para apoiar as forças armadas de vários países desta região que combate o alastramento do terrorismo.
"Não é grave, virá a seu tempo", ironizou o Presidente francês durante a reunião dos embaixadores franceses, na qual aproveitou para garantir que "a França não está a dar um passo atrás em África, está simplesmente a ter uma visão clara e a reorganizar-se".
As declarações de Macron surgem num contexto de saída dos contingentes militares franceses que estavam destacados em vários países africanos francófonos e por pressão destes, entre eles o Mali, o Chade e a Costa do Marfim, dando espaço a um crescimento da influência russa na região.
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