O ataque teve lugar no último dia de 2024 em Beer Xaani, a cerca de 35 quilómetros da cidade portuária de Kismayo, informou o comando militar americano para África (AFRICOM) num comunicado citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), no qual se explica que o ataque foi lançado "a pedido" do governo somali.
"A avaliação inicial no seguimento do ataque" indicou que a operação aérea matou dez membros do Al-Shebab, sem ferir nenhum civil, acrescentaram as autoridades militares dos Estados Unidos.
Os principais postos avançados dos extremistas islâmicos foram destruídos durante a operação, informou também o Ministério da Informação, Cultura e Turismo da Somália.
O AFRICOM declarou que "continuará a avaliar os resultados deste ataque aéreo e a fornecer informações adicionais, se necessário".
Ligados à Al-Qaeda, os insurgentes do Al-Shebab lutam há mais de quinze anos contra o governo federal da Somália, apoiado pela comunidade internacional, para instaurar a lei islâmica num dos países mais pobres do mundo.
Expulsos das principais cidades no princípio da década passada, permanecem, ainda assim, firmemente enraizados em vastas zonas rurais, a partir das quais continuam a lançar ataques contra alvos civis e de segurança.
No ano passado, estes radicais islâmicos realizaram numerosos ataques na capital, Mogadíscio, e noutras regiões do país, enquanto o governo prosseguia a sua ofensiva com o objetivo de erradicar o grupo.
Há várias décadas que Washington investe fortemente na luta contra a insurreição, mas durante a sua anterior presidência Donald Trump, que agora regressa ao lugar, anunciou a retirada das tropas norte-americanas da Somália, uma decisão que foi anulada pelo seu sucessor, Joe Biden, que termina agora o mandato.
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