"Ou a Comissão Europeia aplica com a maior firmeza as leis por nós aprovadas para proteger o nosso espaço público ou terá de concordar em devolver aos Estados-Membros da União Europeia (UE) a capacidade para o fazer", afirmou Barrot à rádio França Inter.
Questionado se o "banimento" do X poderia ocorrer na Europa - como aconteceu no Brasil, onde a rede social esteve suspensa durante 40 dias, Barrot respondeu que tal situação estava prevista na lei.
"É preciso acordar", insistiu o chefe da diplomacia francesa.
Elon Musk interveio em força nas últimas semanas na vida política europeia. Na sua rede social, o bilionário multiplicou as suas posições a favor do partido alemão de extrema-direita AfD e contra o primeiro-ministro britânico, o trabalhista Keir Starmer.
O ministro dos Negócios Estrangeiros francês foi ainda questionado sobre as ameaças do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ao território autónomo da Dinamarca, a Gronelândia.
A Gronelândia é "um território da União Europeia. Está fora de questão que a UE permita que qualquer outra nação do mundo ataque as suas fronteiras soberanas", declarou.
Hoje, Steve Bannon - o estratega da vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas de 2016 - declarou que o único objetivo do multimilionário Elon Musk, um dos conselheiros mais próximos do Presidente eleito dos Estados Unidos, é ganhar dinheiro, numa entrevista publicada hoje no jornal italiano Corriere della Sera.
"Detê-lo tornou-se uma questão pessoal para mim", declarou Bannon, acrescentando que Musk "tem a maturidade de uma criança e que as pessoas que rodeiam Trump estão cansadas" do magnata da tecnologia.
No centro do confronto entre Bannon e Musk estão os vistos H1B para imigrantes qualificados e talentosos, dos quais Musk se declarou a favor, embora com reformas, enquanto Bannon se opôs completamente.
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