Oslo acolhe reunião de aliança para aplicar solução de dois Estados

O Governo norueguês anunciou hoje que Oslo receberá quarta-feira a terceira reunião de uma aliança internacional para promover a concretização da solução de dois Estados no Médio Oriente, na qual se espera a participação do primeiro-ministro palestiniano Mohammed Mustafa.

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Lusa
13/01/2025 13:00 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Noruega

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide, afirmou que a reunião da Parceria Global para a Implementação da Solução de Dois Estados contará também com a participação de mais de 80 países e organizações, incluindo a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês).

 

"Ao mesmo tempo que devemos continuar a trabalhar arduamente para pôr termo à guerra [na Faixa de Gaza], devemos trabalhar para uma solução duradoura para o conflito que garanta a autodeterminação, a segurança e a justiça para palestinianos e israelitas", afirmou o ministro, que sublinhou que "existe um amplo apoio à solução dos dois Estados".

"A comunidade internacional deve fazer ainda mais para a tornar uma realidade", disse o chefe da diplomacia norueguesa, apelando ao reforço do governo, das instituições e da economia da Palestina, bem como ao planeamento da reconstrução de Gaza sob liderança palestiniana, uma vez terminada a ofensiva militar lançada por Israel como retaliação aos ataques perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023.

"Há questões que serão discutidas na reunião de quarta-feira em Oslo e estou muito satisfeito com a vinda do primeiro-ministro Mohammed Mustafa para explicar os planos e as necessidades do governo palestiniano", disse Espen Barth Eide, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros norueguês.

A Noruega, juntamente com a Espanha e a Irlanda, reconheceu o Estado palestiniano em maio de 2024, provocando duras críticas por parte de Israel, que está agora envolvido em conversações indiretas com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) sobre um possível cessar-fogo em Gaza em troca da libertação dos reféns que estão na posse do grupo extremista palestiniano desde os ataques de 07 de outubro de 2023.

O Governo israelita, chefiado por Benjamin Netanyahu e composto por partidos de extrema-direita e ultraortodoxos, tem manifestado repetidamente a sua rejeição à solução dos dois Estados, que prevê a criação de um Estado palestiniano nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.

Leia Também: Noruega bateu em 2024 o seu recorde de produção de gás

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