A operação ocorreu no distrito de Kacchi, na província do Balochistão, disse o serviço de imprensa militar do Paquistão (ISPR, na sigla em inglês), citado pela agência espanhola EFE.
"Os terroristas eliminados estavam envolvidos em numerosas atividades terroristas contra as forças de segurança, bem como contra civis inocentes, e eram muito procurados pelas forças da ordem", declarou o ISPR.
O exército não referiu a existência de baixas entre as forças de segurança.
A província meridional do Balochistão, que faz fronteira com o Irão e o Afeganistão, é uma das mais violentas do Paquistão, onde operam vários grupos separatistas.
As autoridades paquistanesas acusam os grupos separatistas da região de ataques contra civis, forças de segurança e projetos chineses.
A outra região afetada pela violência é o norte de Khyber Pakhtunkhwa, junto à fronteira afegã, onde opera o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), grupo ideologicamente irmão dos talibãs no poder no Afeganistão.
O exército paquistanês disse que, durante a operação no domingo, as forças de segurança encontraram vários esconderijos de armas, munições e explosivos, que foram destruídos.
"As forças de segurança paquistanesas, em sintonia com a nação, continuam determinadas a impedir as tentativas de sabotar a paz, a estabilidade e o progresso do Balochistão", acrescentou o ISPR.
A operação de domingo foi a maior desde o início do ano e foi considerada como uma das que registaram mais baixas nas fileiras dos rebeldes nos últimos anos.
O exército paquistanês informou em 27 de dezembro que quase 1.000 rebeldes foram mortos em operações de contrainsurreição no Paquistão em 2024, o maior número em cinco anos.
O gabinete de imprensa do exército paquistanês afirmou, na altura, que 383 soldados tinham sido mortos em operações no ano passado.
Há meses que o Paquistão regista um recrudescimento da violência armada.
Em 04 de janeiro, cinco soldados foram mortos num ataque suicida perpetrado por rebeldes do Balochistão contra um comboio das forças de segurança no sudoeste do país.
O grupo Exército de Libertação do Balochistão (BLA), um dos visados por Islamabad, reivindicou a autoria do atentado.
Em novembro do ano passado, 26 pessoas morreram e 62 ficaram feridas depois de uma explosão suicida ter destruído uma estação de comboios em Quetta, também no Balochistão.
Os separatistas exigem a independência da região situada no sudoeste e no sul da Ásia, e dividida entre o Paquistão, o Irão e o Afeganistão.
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