A decisão do governo liderado pelo Presidente democrata Joe Biden, que prometeu combater o racismo, coloca esta rede transnacional na mesma categoria dos grupos considerados terroristas pela sua ideologia 'jihadista'.
O Departamento de Estado designou ainda três alegados líderes do Terrorgram como terroristas: o brasileiro Ciro Daniel Amorim Ferreira, o croata Noah Licul e o sul-africano Hendrik-Wahl Muller.
"Os Estados Unidos continuam profundamente preocupados com a ameaça global representada pelo extremismo violento motivado pela raça ou etnia e empenhados em confrontar as componentes transnacionais da supremacia branca violenta", frisou a diplomacia norte-americana, em comunicado.
Este movimento de extrema-direita, que se estruturou nos Estados Unidos, utiliza a aplicação de mensagens Telegram, de onde retirou o seu nome, para comunicar.
Promove um discurso "aceleracionista", que visa precipitar uma "guerra racial" considerada inevitável, e foi acusado de planear inúmeros ataques ou tentativas de ataques em todo o mundo.
Em 2022, um agressor matou dois homens num bar frequentado por homossexuais em Bratislava, capital da Eslováquia.
No ano passado, um jovem de 18 anos esfaqueou cinco pessoas num ataque, transmitido em direto nas redes sociais, perto de uma mesquita na Turquia.
Em setembro, dois líderes do Terrorgram foram detidos nos Estados Unidos sob acusações de incitamento a assassinatos por motivos raciais, assassinato de autoridades e sabotagem de infraestruturas.
Leia Também: Colaboração da Telegram e polícia francesa sobe após detenção do fundador