MI5 revela: Buckingham escondeu espião de Rainha Isabel II durante 9 anos

Anthony Blunt foi interrogado 11 vezes pelos serviços secretos britânicos e sempre negou ser espião - até ser denunciado. Foi a fuga de amigos que levantou suspeitas sobre si - e, apesar de a Rainha Isabel II não ter sido informada durante anos, é possível que soubesse o que lhe andaram a esconder.

Notícia
AnteriorSeguinte

© PA Images via Getty Images

Notícias ao Minuto
14/01/2025 09:30 ‧ há 9 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Rainha Isabel II

Vários documentos agora revelados pelos serviços secretos britânicos (MI5) mostram como 'se mexia' um dos espiões em Buckingham, bem como a demora - de quase nove anos - na chegada da informação à Rainha Isabel II.

 

Um dos protagonistas destes documentos é Anthony Blunt, um historiador que foi durante décadas supervisor da coleção de arte da Casa Real Britânica.

Segundo o que dá conta a imprensa britânica, que teve acesso aos documentos, Blunt admitiu em 1964 que espiava para os soviéticos desde os anos 30.

A mesma documentação dá conta, no entanto, de que a Rainha Isabel II não soube na altura em que este confessou - já só soube depois de ter sido interrogado várias vezes. Na verdade, ao que tudo indica a Rainha só soube que Blunt era um espião na altura da morte do mesmo, e a reação, de acordo foi "muito pacífica e sem surpresa".

Miranda Carter, que escreveu a biografia de Blunt, apontou que o seu "palpite" era o de que a rainha teria sido informalmente informada. 

O MI5 dá ainda conta de que a decisão de informar a Rainha Isabel II aconteceu também numa altura em que os jornalistas já estavam a investigar a história. As primeiras desconfianças com Blunt começaram nos anos 50, quando outros dois espiões, Guy Burgess, de quem era amigo, e Donald Maclean, fugiram para a então União Soviética.

Blunt chegou a ser questionado pelo MI5 onze vezes se nunca admitir que era um espião - até que o norte-americano Michael Straight disse ao FBI que tinha sido recrutado por Blunt.

Segundo os serviços secretos britânicos foi Blunt quem escolheu ficar - em vez de fugir com os amigos - e, quando confessou tudo, não estaria "à vontade". Durante o interrogatório, Blunt terá feito várias pausas e parecia que estava "a debater consigo como deveria responder".

Miranda Carter, que escreveu a biografia de Blunt, apontou que o seu "palpite" era o de que a rainha tria sido informalmente informada.

Foi a primeira-ministra Margaret Thatcher que expôs Blunt ao público, em 1979. O historiador morreu em 1983, aos 75 anos.

Veja os documentos na galeria acima.

Leia Também: 13 tradições de Natal da família real britânica (algumas com séculos)

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas