Rússia toma medidas para minimizar sanções contra sector petrolífero

A Rússia vai tomar medidas para minimizar o efeito das novas sanções ocidentais contra o seu setor petrolífero, anunciou hoje o Kremlin.

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Lusa
15/01/2025 12:54 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Moscovo, 15 jan 2025 (Lusa) -- A Rússia vai tomar medidas para minimizar o efeito das novas sanções ocidentais contra o seu setor petrolífero, anunciou hoje o Kremlin.

 

"Estamos a falar de tomar as medidas que minimizem as consequências [das sanções] e que melhor sirvam os interesses do nosso país, em primeiro lugar, e das nossas empresas", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa telefónica diária.

Questionado sobre medidas recíprocas contra os Estados Unidos, Peskov disse que "nada pode ser excluído".

"Mas o que for do nosso interesse será feito", insistiu.

Quanto à discussão do 16.º pacote de sanções europeias contra a Rússia, que poderá afetar as suas exportações de alumínio, o Kremlin advertiu que tal medida ameaça "desestabilizar" o mercado mundial.

"O mercado neste segmento é bastante frágil e tais decisões poderiam hipoteticamente levar à desestabilização do mercado mundial", disse Peskov.

Na passada sexta-feira, os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram sanções adicionais contra o setor do petróleo e do gás liquefeito da Rússia, descritas por altos funcionários norte-americanos como as "mais significativas" impostas ao setor energético russo desde o início da guerra na Ucrânia.

As medidas destinam-se a cortar as receitas que financiam a "máquina de guerra do Kremlin" e podem custar à economia russa milhares de milhões de dólares por mês.

Especificamente, os Estados Unidos, em coordenação com o Reino Unido, sancionaram dois dos maiores produtores e exportadores de petróleo da Rússia: a Gazprom Neft, a terceira maior empresa petrolífera do país, e a Surgutneftegaz, outra empresa líder no setor da energia.

Segundo o governo britânico, estas empresas produzem, em conjunto, mais de um milhão de barris por dia, avaliados em cerca de 23.000 milhões de dólares (cerca de 22.320 milhões de euros) por ano, a preços atuais, um montante que excede o PIB da Jamaica.

Para além disso, os Estados Unidos sancionaram mais de duas dúzias de filiais da Gazprom Neft e da Surgutneftegaz, bem como 183 petroleiros russos que, segundo as autoridades norte-americanas, fazem parte de uma frota "sombra" destinada a vender petróleo bruto russo para contornar as sanções ocidentais.

Leia Também: Rússia confirma ataque contra infraestruturas de energia ucranianas

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