"Os elevados níveis de violência por parte dos colonos extremistas, a deslocação forçada da população e a destruição de propriedades atingiram níveis intoleráveis e constituem uma séria ameaça à paz, à segurança e à estabilidade na Cisjordânia, em Gaza, em Israel e na região do Médio Oriente", especificou Joe Biden.
"Estas ações prejudicam os objetivos da política externa dos Estados Unidos, incluindo a viabilidade da solução de dois Estados e a garantia de que israelitas e palestinianos possam alcançar o mesmo nível de segurança, prosperidade e liberdade", acrescentou.
Para Biden, a violência também "prejudica a segurança de Israel e tem o potencial de levar a uma maior desestabilização no Médio Oriente, ameaçando o pessoal e os interesses dos Estados Unidos".
Nesse sentido, pormenorizou que, devido a tudo isto, decidiu que a ordem executiva que autoriza as sanções contra os colonos israelitas, que deveria expirar a 01 de fevereiro de 2025, se manterá em vigor por mais 12 meses.
"Este aviso deve ser publicado no Registo Federal e transmitido ao Congresso", frisou.
Nos últimos meses, Washington impôs sanções contra colonos e entidades pelas suas atividades na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, incluindo atos de violência contra palestinianos. Entre as entidades afetadas encontra-se a Amana, a principal organização de colonatos israelitas na Cisjordânia.
As autoridades palestinianas estimam em mais de 850 o número de mortos desde 07 de outubro de 2023, data dos ataques do Hamas e de outras fações palestinianas contra Israel, que mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 250 -- devido às operações das forças israelitas e aos ataques dos colonos.
Mais de 46.600 palestinianos foram mortos pela ofensiva retaliatória de Israel contra a Faixa de Gaza.
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