O encarregado de negócios em Caracas "foi instruído para reduzir o pessoal diplomático venezuelano de quatro para dois, o que constitui uma resposta proporcional à medida diplomática imposta (na terça-feira) aos Países Baixos", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Caspar Veldkamp, numa carta enviada ao Parlamento.
Esta medida surge em resposta à decisão da Venezuela de reduzir o número de diplomatas diplomatas franceses, neerlandeses e italianos autorizados a permanecer em Caracas devido à sua "conduta hostil", poucos dias após a tomada de posse do Presidente Nicolás Maduro.
As respetivas representações diplomáticas dos três Estados-membros da UE ficarão reduzidas a três diplomatas acreditados.
"Em resposta à conduta hostil dos Governos do Reino dos Países Baixos, França e Itália, caracterizada pelo seu apoio a grupos extremistas e pela sua interferência nos assuntos internos" do país, a Venezuela decidiu "limitar a três o número de diplomatas acreditados em cada embaixada", anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano num comunicado.
"A medida deve ser cumprida no prazo de 48 horas", acrescentou o comunicado da diplomacia venezuelana.
Os países visados já contestaram esta decisão da Venezuela e a União Europeia num comunicado lamentou e rejeitou a decisão das autoridades venezuelanas de reduzir substancialmente o pessoal diplomático acreditado, apelando "à imediata reversão desta ação unilateral e inaceitável, que apenas serve para aprofundar o isolamento internacional da Venezuela e prejudica as relações bilaterais com a UE e os seus Estados-membros".
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